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Semana da Ria FormosaPasseios de barco, caminhadas, sessões de esclarecimento científico, voluntariado, workshops e seminários vão dar a conhecer as riquezas da Ria Formosa e as suas gentes entre amanhã, segunda-feira, e sexta-feira.

A Semana da Ria Formosa vai chegar aos cinco concelhos do Algarve cujo território é atravessado por esta zona lagunar – Loulé, Faro, Olhão, Tavira e VRSA -, naquele que pretende ser um exercício de educação e sensibilização ambiental, mas que terá sempre bem presente a dimensão económica da Ria.

Neste evento promovido pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), através do seu departamento do Sul, em parceria com dezassete entidades públicas e privadas, quer-se dar a conhecer as riquezas existentes nesta área protegida, ao mesmo tempo que se passa a mensagem que ela pode e deve servir para estimular a economia, desde que isso não coloque em causa a missão de conservação da natureza desta entidade.

As atividades previstas são dirigidas à comunidade escolar e há um forte envolvimento dos serviços regionais da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, de modo a que a mensagem possa chegar ao maior número de crianças e jovens possível.

«O ICNF está convicto que, com parcerias, se consegue mais bem proteger, conservar, mas também mais bem utilizar. Temos a convicção que os valores ambientais, a biodiversidade e a conservação da natureza podem estar ao serviço da economia, podem gerar emprego e riqueza», disse ao Sul Informação a diretora do Departamento de de Conservação da Natureza e das Florestas do Algarve Valentina Calixto, no dia em que este evento foi lançado, em Fevereiro.

Daí que no vasto programa de atividades previsto, que pode ser descarregado em PDF aqui, haja atividades de sensibilização ambiental, pura e dura, mas também muitas outras ligadas às atividades económicas existentes no território do Parque Natural da Ria Formosa (PNRF). Também não foram esquecidos os que vivem na e da zona lagunar.

«A Semana da Ria Formosa é vista como a possibilidade de juntar todas as entidades, cidadãos e intervenientes nesta área e conjugá-los em ações diversas. Por um lado, promoveremos ações de sensibilização e informação, por outro, chamaremos uma variedade de parceiros, não apenas entidades públicas e escolas, mas também empresários, associações de viveiristas e pescadores e até de moradores, que têm interesses na Ria Formosa», explicou Valentina Calixto.

Flamingos na Ria Formosa
Flamingos na Ria Formosa

Desta forma, não será apenas o ICNF a mostrar os valores existentes no território, que procura preservar. Todos terão oportunidade de salientar as suas riquezas e mostrá-las – «a sua ameijoa,  a sua ostra…» -, até porque é intenção do PNRF estar cada vez mais próximo das atividades económicas ligadas à zona lagunar que protege, que não entrem em choque com a sua missão.

Para simbolizar este desígnio, foi escolhido um animal emblemático da Ria Formosa: o cavalo-marinho. «A escolha desta espécie visa alertar para a atual situação de declínio da população na Ria Formosa. Ao ser uma espécie indicadora da qualidade ambiental, funciona como um alerta para as ameaças que o sistema lagunar da Ria Formosa enfrenta», segundo o ICNF.

A Semana da Ria Formosa foi escolhida pelo Centro de Ciência Viva do Algarve, em Faro, como a ocasião para lançar uma novidade: a instalação de um aquário exclusivamente dedicado a esta espécie, no centro situado na baixa da capital algarvia.

«É de realçar que estes são cavalos marinhos que nasceram já num aquário. Não vamos retirar cavalos marinhos da Ria Formosa. Penso que será um chamariz para muitas pessoas, pois são animais muito diferentes», explicou a diretora do CCV do Algarve Cristina Veiga-Pires, numa entrevista que concedeu ao Sul Informação.

A próxima semana será, desta forma, uma oportunidade para conhecer (ainda) melhor a Ria Formosa, as pessoas que vivem em estreita relação com a zona lagunar, as espécies de animais e plantas que aqui encontram o seu habitat e as muitas atividades económicas que se desenvolvem neste território.

Para isso, o ICNF terá a ajuda das Câmaras de Loulé, Faro, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António, dos serviços regionais da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, da Agência Portuguesa do Ambiente, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, da Universidade do Algarve, da Autoridade Marítima do Sul, da Águas do Algarve, da ALGAR, da RIAS – Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens, da Associação Almargem e dos Centros de Ciência Viva do Algarve e de Tavira.

sulinformacao

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