Testar procedimentos e avaliar futuras correções foi o objetivo do simulacro de salvamento na barra de Faro/Olhão, que se realizou esta sexta-feira. «Queremos precaver situações futuras que possam acontecer com o agravamento das condições meteorológicas a que vamos assistir no Outono e Inverno», disse o Capitão do Porto de Faro José Isabel.
O cenário não é real, mas podia sê-lo, já que a zona é pródiga em ocorrências: à saída da barra de Faro/Olhão, a embarcação de pesca “Arraial”, com três tripulantes a bordo, colidiu com a “Aragão Auxiliar”. No mar, estão dois náufragos e outro tripulante ficou gravemente ferido. Este é o ponto de partida para o exercício.
Como forma de demonstrar e testar os procedimentos a ter em situações de emergência, que tanto podem ser colisões, como, por exemplo, barcos que fiquem sem combustível a meio do percurso, o comandante José Isabel segue de perto o desenrolar do simulacro.
«Neste caso, o que eu faço é ligar logo para Olhão e Faro a pedir meios», revela aos jornalistas que acompanham o exercício. O objetivo deste simulacro, acrescenta, é também testar os tempos de chegada ao local. Neste caso, as forças demoraram 10 minutos a chegar.
A Autoridade Marítima Nacional está a promover este tipo de simulacros pela primeira vez, em várias das mais importantes barras do país, para testar os procedimentos e fazer eventuais correções, exercícios que se repetirão em vários pontos do país. «O objetivo é também testar a atuação de vários meios, até exteriores à marinha», diz o comandante José Isabel.
Este ano até há um novo meio à disposição da Capitania do Porto de Faro: uma embarcação do Aeroporto de Faro que vai ser usada «quando for necessária». «Faremos a avaliação das situações e depois veremos quando será útil. Quanto mais perto a ocorrência for do Aeroporto, melhor, mas para o espaço de jurisdição da Capitania de Faro isto é ótimo», acrescenta o comandante José Isabel ao Sul Informação.
Após a chegada dos meios ao local do “acidente”, os dois “náufragos” foram salvos e levados para bordo de um barco. Já o tripulante que está “ferido” é encaminhado para Olhão para ser assistido.
Entretanto, uma das embarcações envolvidas na colisão foi atirada contra um molhe da entrada da barra, pelo que é necessário rebocá-la. A operação foi feita por outro barco, com um cabo a puxar o “acidentado” até terra.
Com este procedimento, o simulacro chega ao fim e a avaliação do Capitão do Porto de Faro é positiva.
Quando se passava frente ao Farol de Santa Maria, o comandante José Isabel anunciou uma novidade: o fim da estação salva-vidas que lá operava. «Os meios da estação salva-vidas do Farol de Santa Maria vão ser passados para a de Olhão», explicou.
Esta é a única alteração nas estações salva-vidas por agora, mas está prevista a criação de uma em Quarteira, no futuro.