A solução para a gestão do Centro de Medicina e Reabilitação do Sul ainda não foi encontrada. O ministro da Saúde Adalberto Campos Fernandes tinha garantido há pouco mais de um mês que o concurso para a concessão da gestão do centro seria para «avançar já», mas, afinal, segundo o secretário de Estado Manuel Delgado, essa «ainda não é uma questão fechada».
Ontem, em Faro, Manuel Delgado, questionado pelo Sul Informação, explicou que há duas soluções “em cima da mesa”: «ou a criação de uma entidade de gestão que permita facilitar a admissão de pessoal e a contratação de recursos, ou então, retomarmos a parceria com o setor privado. Tudo isso está numa avaliação que estamos a fazer. Não está posto de parte o estabelecimento de uma nova parceria público-privada, mas é uma questão que ainda não está fechada e estamos ainda a estudar melhor solução».
Manuel Delgado diz que a situação de impasse no Centro de Medicina e Reabilitação do Sul, situado em São Brás de Alportel, «se está a viver há demasiado tempo. Está perante uma administração direta da ARS [Administração Regional de Saúde], que não tem meios nem disponibilidade para a gestão à distância do centro. Neste momento, diminuíram os profissionais e a atividade diminuiu. Sabemos que é uma carência aqui no Algarve para responder às necessidades da população».
Contactado pelo nosso jornal, Vítor Guerreiro, presidente da Câmara de São Brás de Alportel, disse esperar que esta indecisão em relação à solução para o CMR não faça perdurar ainda mais no tempo o funcionamento a “meio gás” da instituição de saúde e revelou que, em conversa com o secretário de Estado, este «apontou para o mês de junho a decisão» sobre este processo.
Para o autarca, «não é importante qual o modelo de gestão escolhido» e desejou que a solução seja encontrada «o mais rapidamente possível, para dar estabilidade a quem lá trabalha e suscitar maior interesse a novos profissionais».