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dinheiroUma parte considerável dos consumidores portugueses (32%) admite não ter qualquer capacidade de suportar uma despesa mensal extra, como consertos de automóvel, coimas, tratamentos médicos, obras em casa, entre outros.

Uma percentagem bastante acima da registada pelo mesmo inquérito no ano passado (24%) e em 2013 (10%). Estas são conclusões do mais recente estudo do Cetelem, que analisou o nível de literacia financeira dos consumidores portugueses.

Questionados sobre a sua capacidade de suportar despesas mensais extra, são muitos os consumidores (36%) a não saberem ou não quererem responder.

Quanto aos inquiridos que afirmam ter capacidade para fazer face a despesas inesperadas, estes são menos de metade (42%) e o valor disponível para o efeito é muito variável.

A análise constata que quanto maior o valor da despesa extra, menos são os consumidores com capacidade para a suportar. Quando surge uma despesa inesperada, cerca de 15% dos portugueses diz conseguir suportar até 100€ num mês. Há ainda 9% de indivíduos a afirmar conseguir fazer face a gastos extra até 250€, 8% até 500€ e 6% até 1.000€ num mês.

Apenas 3% dos inquiridos diz ter capacidade para fazer face a despesas até aos 4.000€ e é praticamente residual a percentagem de consumidores a poder ir além desse valor (1%).

«Apesar dos sinais de retoma económica, constatamos que a percentagem de portugueses sem qualquer capacidade para fazer face a despesas mensais inesperadas continua a aumentar. Para muitas famílias, o peso das despesas fixas no seu orçamento é tal que resta pouco espaço para gastos extras. É, por isso, necessária uma grande ginástica orçamental para conseguir enfrentar despesas inesperadas sem recorrer a nenhum empréstimo», explica Diogo Lopes Pereira, diretor de marketing do Cetelem.

O estudo Cetelem sobre a Literacia Financeira foi realizado entre os dias 12 e 17 de fevereiro em colaboração com a Nielsen, através de 500 entrevistas telefónicas a portugueses de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos, residentes em Portugal. O erro máximo é de +4.4 para um intervalo de confiança de 95%.

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