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O Algarve é a região do país onde a crise na construção se revela mais intensa, o que é expresso também pela queda homóloga de 46% nas ofertas de emprego do setor, em agosto último, quando a média nacional foi de menos 39%, revela a AECOPS – Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços, na sua análise de conjuntura.

Segundo a AECOPS, a suspensão ou adiamento de obras públicas, sobretudo de elevado montante, as crescentes dificuldades de acesso ao crédito bancário, o atraso nos pagamentos do Estado e a diminuição da própria procura no mercado da construção são «fatores que, a permanecerem, impedem a recuperação do setor e induzem um maior pessimismo nos empresários, para quem o futuro não se avizinha nada risonho».

De acordo com a mais recente análise regional de conjuntura da AECOPS, nos primeiros nove meses do ano, as opiniões dos construtores sobre o ritmo de produção foram, em termos médios nacionais, «francamente mais negativas» que as emitidas no período homólogo (saldos médios de -34% e de -49%, em 2010 e 2011, respetivamente).

As regiões Centro e do Algarve produziram, segundo a Associação, «resultados ainda mais preocupantes»: -60% e – 59% em 2011, respetivamente.

De igual modo, a variação homóloga, em valor, da adjudicação de obras públicas desacelerou de +136% no primeiro trimestre deste ano, para +38% quando considerados os nove meses.

«Esta desaceleração nítida do mercado das obras públicas, é, também, agora, uma preocupação para os empresários do setor, principalmente no Algarve», onde, de acord com os dados da AECOPS, se registou mesmo uma quebra de 84% no valor dos concursos adjudicados, entre os primeiros meses de 2011 e o mesmo período do ano passado.

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