A Associação de Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) diz, em comunicado, que «o importante setor imobiliário português não deve servir de bode expiatório ou de arma para batalhas políticas, muito menos com base em argumentos que não são minimamente rigorosos».
Referindo-se à detenção de cidadãos nacionais e estrangeiros alegadamente implicados num esquema de corrupção no programa dos “Vistos Gold”, a APEMIP defende que «o importante setor imobiliário português não deve servir de bode expiatório ou de arma para batalhas políticas, muito menos com base em argumentos que não são minimamente rigorosos».
A associação garante que o programa de “Vistos Gold” não é «um expediente facilitador do branqueamento de capitais e de outros crimes, nem é de pouca importância para o emprego em Portugal».
É que, salienta, «os capitais captados ao abrigo do programa dos “Vistos Gold” são escrutinados duplamente. Ao escrutínio legal em qualquer transação imobiliária com certas características e montantes, protagonizada por qualquer cidadão, acresce uma investigação aprofundada quando são investimentos que se candidatam ao “Vistos Gold”, programa semelhante a muitos outros existentes noutros países da União Europeia».
Por outro lado, sublinha a APEMIP no seu comunicado, «ao contrário do que alguns políticos referem, os investimentos feitos no setor imobiliário português, ao abrigo deste programa, são importantes para manter muito emprego, nomeadamente quando aplicados no setor do turismo (em resorts e em hotéis) com o imediato efeito da manutenção de postos de trabalho, alguns dos quais em perigo».
A direção da APEMIP afirma não confundir «uma árvore com a floresta» e diz «confiar na Justiça», reafirmando a sua «certeza de representar profissionais e empresas cuja atividade é desenvolvida no estrito cumprimento da lei e com total transparência e ética».