A cidade de Faro já pode ser vista, desde hoje, a partir do Arco da Vila. Não só as paisagens da Cidade Velha, ou da Ria Formosa, mas também a sua história, através do Centro Interpretativo que foi hoje inaugurado, juntamente com o renovado Posto de Turismo da capital algarvia.
Para o presidente da Câmara de Faro, «este é um dia marcante» e os novos espaços fazem parte «de uma estratégia mais alargada para revitalizar a Cidade Velha e a Baixa. O Arco da Vila, agora disponível para visitas, é o lugar do concelho mais fotografado, tem fotografias no mundo inteiro».
Já o Posto de Turismo recebeu, no ano passado, mais de 85 mil pessoas, segundo Rogério Bacalhau. Um número que o autarca espera que aumente e se traduza em 100 mil visitantes por ano do novo Centro Interpretativo do Arco da Vila.
Por seu lado, Desidério Silva, presidente da Região de Turismo do Algarve, realçou que o Posto de Turismo está diferente, «entre o que foi e o que é. Este é o Posto de Turismo com mais visitantes no Algarve, é o que mais vendas faz e mostra que esta é uma cidade a crescer no aspeto turístico».
Para esse crescimento, também vai contribuir o Centro Interpretativo do Arco da Vila, «um espaço que é uma iniciativa feliz e é um património desconhecido dos turistas, dos farenses e dos algarvios».
O presidente da CCDR David Santos também esteve presente na cerimónia, uma vez que a obra teve financiamento comunitário que se traduziu «em investimentos muito pequenos para as entidades».
O responsável considerou que o «Património Histórico é fundamental em Faro e no Algarve e deve ser reabilitado e veja-se o paradoxo aqui: o Posto de Turismo com mais visitantes é num dos concelhos que tem menos camas, isto é muito por causa do património».
Paulo Santos, vereador com pelouro da Cultura na Câmara de Faro, explicou ao Sul Informação que a ideia de abrir o Arco da Vila ao público surgiu «de uma reunião com dois jovens empreendedores da cidade, que queriam fazer visitas guiadas aqui, e eu disse que não havia acesso, mas, a partir daí, começámos a desenvolver o projeto e agora o espaço é aberto a todos».
Para o vereador, «este é o principal símbolo da cidade e os turistas vão aderir em massa para o ver. Quem vem cá, não vai dar por mal empregue o tempo, porque a subida ao Arco da Vila permite duas vistas: para os telhados em tesoura da Cidade Velha e uma vista magnífica sobre a doca e sobre a ria».
Apesar de o Centro Interpretativo já estar aberto, com zonas de exposição, vídeos sobre a cidade, acesso ao mecanismo do relógio, ou à Capela da Senhora do Ó, a subida dos visitantes ao topo, junto ao sino, vai ter de esperar mais uns dias.
«O final da visita, o acesso à torre, precisa de um parecer da Direção Regional de Cultura para colocação de guardas para garantir a segurança de quem vai visitar aquela zona. Mas, muito em breve, entre 10 a 15 dias, que é o tempo de vir o parecer e colocarmos as guardas, vai ficar disponível», revelou Paulo Santos.
Até janeiro, os visitantes podem entrar no Centro Interpretativo e visitar o Arco da Vila gratuitamente, mas, depois dessa data, o acesso ao público em geral custa três euros, sendo que haverá preços diferenciados para o tipo de público. Os habitantes de Faro serão beneficiados com desconto.
O Centro Interpretativo do Arco da Vila vai ser gerido pela Ambifaro, e as receitas das entradas vão ser canalizadas, segundo revelou Rogério Bacalhau, para a promoção do município.
Veja as fotos da inauguração e de algumas das vistas e objetos que pode ver no novo Centro Interpretativo do Arco da Vila:
Fotos Nuno Costa|Sul Informação