A pesquisa e prospecção de petróleo na Costa Vicentina pode avançar em 2018. O jornal Público adianta que a Câmara de Aljezur recebeu, «nesta sexta-feira, o pedido de parecer sobre o “Plano de Trabalhos 2018″», do Consórcio ENI/GALP que, «após um compasso de espera de alguns meses», terá acionado os direitos adquiridos «e vai começar a fazer pesquisas no próximo ano».
O Público diz que este plano de trabalhos, recebido pela autarquia aljezurense, tem «todas as etapas dos trabalhos que se vão desenrolar, a uma distância de 46 quilómetros da costa», no furo Santola que, além do parecer de Aljezur, também está sujeito a pareceres de consulta prévia das câmaras de Vila do Bispo e de Odemira.
Esta consulta prévia às autarquias, que passou a ser feita desde Agosto, não é, no entanto, vinculativa.
Citado pelo Público, José Amarelinho já garantiu que a posição do Município de Aljezur «é liminarmente contra, como sempre temos afirmado».
A Plataforma Algarve Livre de Petróleo e a AMAL – Comunidade Intermunicipal do Algarve interpuseram providências cautelares para tentar parar a pesquisa, mas ainda aguardam decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal de Loulé.
Em Maio foi também interposta uma providência cautelar da Câmara de Odemira, que foi rejeitada em Agosto. Ainda assim, a autarquia alentejana recorreu e também aguarda decisão.
Segundo o Público, no plano de trabalhos de pesquisas para 2018 da ENI/GALP, estão ainda incluídas as concessões “Lavagante”, que abrange os municípios de Santiago do Cacém, Sines e Odemira, e “Gamba”, na área das câmaras de Vila do Bispo e Lagos».