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A Região de Turismo do Algarve apresentou uma candidatura ao Turismo de Portugal para dar um novo impulso ao setor do Turismo da Natureza em Monchique, após o grande incêndio do Verão. A proposta, que se espera que seja aprovada «nos próximos dias», é feita em conjunto com diversas entidades e contempla, entre outras, a recuperação e criação de novos trilhos pedestres neste concelho, a valorização de produtos endógenos e a promoção externa.

A candidatura é encabeçada pela RTA, mas envolve, também, a Câmara de Monchique, a associação Almargem e a Associação Turismo do Algarve (ATA).

Caso o projeto seja aprovado, os quatro parceiros vão utilizar a verba que lhes será atribuída, 100% a fundo perdido, num conjunto de ações, entre as quais «a realização de festivais de caminhadas e trabalho em torno dos traços identitários da região, como o artesanato e os produtos agro-alimentares», revelou João Fernandes, presidente da RTA.

«Estamos já a mapear novas soluções e a avançar com propostas que vão desde capacitação dos agentes, do trabalho em torno dos recursos endógenos e da estruturação da oferta, até à promoção internacional, com a realização de Fam e Press Trips», acrescentou.

Foto: Pablo Sabater|Sul Informação

A candidatura também contempla a recuperação da sinalética da Via Algarviana que ardeu, «nomeadamente no setor 9, entre Monchique e Silves, em que desapareceu quase toda», segundo Anabela Santos, da Almargem, associação responsável pela gestão e manutenção desta via pedonal que atravessa o interior do Algarve.

Neste caso, poderá ser necessário «redefinir o traçado, parcial ou totalmente», devido aos estragos causados pelas chamas. Mas isso só será decidido após «as primeiras chuvas».

Já no caso das pequenas rotas que existem no concelho de Monchique, nomeadamente a que antes ligava as Caldas a Monchique – e que, entretanto, já tem alternativa -, a que vai à Fóia e o trilho das cascatas, «a sinalética é em sienito», pelo que não foi afetada. Mas, também aqui, é preciso esperar mais um pouco, para que recuperem.

Desta forma, há que encontrar alternativas. «Ainda estamos a definir quais serão os novos percursos a criar, em sintonia com os operadores turísticos. A ideia é explorar locais que não tenham sido afetados pelo incêndio», disse Anabela Santos.

A resposta do Turismo de Portugal em relação à candidatura deve chegar «nos próximos dias», até porque o prazo limite é «de dez dias após a apresentação da candidatura».

João Fernandes salientou a inclusão da ATA no grupo de parceiros que avançam com a candidatura, tendo em conta que esta traz a componente da promoção internacional. «É determinante informar e trazer os operadores turísticos a Monchique, para que eles constatem in loco que a Serra vale a pena visitar e há boas condições para o fazer», considerou.

Os parceiros deste projeto estiveram reunidos ontem à tarde em Monchique, «para operacionalizar os próximos passos, que são a execução do projeto».

sulinformacao

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