O Governo está a ter um «procedimento discriminatório em relação ao Algarve e aos algarvios» ao excluir o Algarve do Programa de Valorização das Áreas Empresariais, acusou a deputada do CDS eleita pela região Teresa Caeiro.
A parlamentar centrista já questionou o Governo sobre a exclusão da região algarvia deste programa, que prevê um investimento de 180 milhões de euros, dos quais 102 milhões em acessibilidades rodoviárias e 78 milhões na criação e expansão de zonas empresariais.
Esta verba será aplicada em três das cinco NUTS II do Continente – Norte, Centro e Alentejo – ficando de fora do programa as duas regiões que já saíram do Objetivo de Convergência da União Europeia (regiões mais “pobres”): Lisboa e Vale do Tejo e o Algarve.
Teresa Caeiro recorda as palavras do primeiro-ministro António Costa, que na cerimónia de apresentação do programa disse que «a prioridade é potenciar o investimento que já foi feito pelas empresas, pelas autarquias, nas zonas industriais, e pelo Estado, nas infraestruturas rodoviárias e ferroviárias, e que temos de potenciar para termos mais crescimento, melhor emprego e maior igualdade».
A parlamentar diz ter estranhado a ausência do Algarve do lote de regiões a apoiar, tendo em conta que esta «é uma região com uma importância elevada para a economia nacional e regional, e para a taxa de emprego, sendo o turismo a sua atividade principal».
«Esta área é, como se sabe, a maior atividade exportadora nacional. Importa não esquecer todos os sectores da economia que giram em torno do turismo: hotelaria, restauração, construção, imobiliário, somando-se a isto as receitas provenientes do turismo através das receitas fiscais arrecadadas», defende a deputada do CDS.
«A existência de boas infraestruturas e o incentivo ao investimento são essenciais para o desenvolvimento do turismo», pelo que, na visão de Teresa Caeiro, o Algarve e os algarvios estão a ser alvo de discriminação.