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O protesto contra a introdução de portagens na Via do Infante vai voltar a fazer-se ouvir no dia 3 de fevereiro. A Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI) agendou uma marcha-lenta, com buzinão na EN 125, com partida da Fatacil, em Lagoa, às 17 horas, naquele que pode ser considerado um retorno à luta na rua.

Esta será uma de três iniciativas semelhantes que irão ser levadas a cabo em fevereiro e março, cada qual numa zona diferente do Algarve. Esta primeira marcha-lenta incidirá sobre o Barlavento.

Segundo revelou num comunicado a CUVI, depois de partir de Lagoa, os manifestantes seguirão até à Fonte de Boliqueime, «num percurso de 30 quilómetros».

«Outras marchas se seguirão nos meses seguintes, envolvendo o aeroporto de Faro e a Ponte Internacional do Guadiana, colaborando nesta última os espanhóis de Andaluzia a partir de Ayamonte, que também estão a ser muito prejudicados com as portagens na A22», acrescentou a comissão de utentes.

O grupo aproveitou para fazer um balanço do mês e meio que passou desde que a Via do Infante é taxada. Desde 8 de dezembro do ano passado, defendeu a CUVI, verificaram-se «muitos acidentes na congestionada EN 125, praticamente todos os dias e, infelizmente, com algumas mortes confirmadas».

A CUVI também frisou as consequências para o turismo «com os nossos vizinhos espanhóis a boicotar o Algarve» e defendem que há «muitas pessoas que utilizavam a Via do Infante a viverem autênticos pesadelos».

Apontam ainda «o caos infernal no tráfego na EN 125, enquanto a A22 continua deserta» e recordam que «o desemprego disparou no Algarve atingindo a cifra de mais de 30 mil inscritos nos Centros de Emprego o que, somados os não inscritos, deverá rondar cerca de 50 mil desempregados – uma terrível catástrofe social».

A marcha-lenta anunciada oficialmente esta segunda-feira foi decidida numa reunião da comissão de utentes que teve lugar há pouco mais de uma semana. Um encontro que contou com o secretário geral da Federação Nacional de Associações de Transportadores de Espanha (FENADISMER).

No seguimento deste contacto, «a Comissão de Utentes da Via do Infante irá participar no I Encontro Transfronteiriço Hispano-Luso, no Ayuntamiento de Ayamonte, onde será constituída a Comissão para a Supressão das Portagens na A22».

«Este Encontro terá lugar muito brevemente, em data a anunciar. Para este Encontro irão ser convidados os Presidentes de Câmara de Faro, Tavira, Loulé, Aljustrel e Grândola e estarão presentes diversas associações sociais, empresariais e sindicais de Huelva. No Encontro, além da constituição da comissão, será produzido um Manifesto e aprovadas formas de luta contra as portagens na Via do Infante (A22)», anunciou a CUVI.

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