90% das famílias que têm filhos a estudar no privado, pretendem manter os filhos neste tipo de ensino, revela um inquérito recente do Observador Cetelem.
Os 10% que declaram intenções de transferir os filhos para a escola pública alegam razões financeiras e continuidade dos estudos (a escola privada que frequentam já não tem mais anos escolares).
Neste mesmo inquérito, existiam em 2011, 25% das famílias a afirmar que irão retirar os filhos do privado e transferir para o público – percentagem que baixou para 6% em 2012 e agora ficou nos 10%.
A análise do Observador Cetelem mostra ainda que as tendências de transferência para o ensino público são mais elevadas entre os inquiridos que estudam. 33% afirmam que pretendem mudar para a escola pública, enquanto 67% defendem que irão continuar no ensino privado.
Em 2012, os resultados obtidos foram diferentes e mais divididos: as intenções de continuar ou mudar de tipo de ensino situavam-se nos 50% para ambas as situações.
«No estudo realizado em 2011 verificou-se um número elevado de transferências de alunos do ensino privado para o público, não só pela diminuição do poder de compra, mas também pelo investimento e melhoramento por parte do estado de algumas escolas públicas. Tanto em 2012 como agora em 2013, o nosso estudo aponta para uma redução nesta tendência, uma vez que a maioria dos consumidores já se adaptou e ajustou os seus comportamentos de consumo à recessão que se vive atualmente em Portugal» afirma Diogo Lopes Pereira, diretor de Marketing do Cetelem.
Esta análise foi realizada em colaboração com a Nielsen e aplicada, através de um inquérito quantitativo, a 600 indivíduos de Portugal Continental, de ambos os sexos, dos 18 aos 65 anos, entre o período de 26 a 27 Junho. O erro máximo é de +0,4 para um intervalo de confiança de 95%.