E esta segunda-feira, 7 de abril, foram mais 30 km, serra acima, sob muito calor. Um dia duro para o grupo de caminhantes que está a fazer a 7ª Travessia da Via Algarviana:
Acordámos às 7h00 da manhã, com o galo a cantar. Ontem foram 30 km, hoje mais 30 km… Lembram-se daquele presidente de um banco português que dizia: «ai aguentam, aguentam!»? Pois a malta aguentou!
Neste troço, o grupo era composto por 10 adultos – juntaram-se a nós mais duas caminhantes, uma alemã acabadinha de chegar do seu país e uma portuguesa – e os três miúdos de ontem, que mais uma vez fizeram grande parte do trajeto.
Atravessámos quatro ribeiras, onde literalmente se separaram as águas: homem que é homem não descalça as botas de caminhada e atravessa mesmo assim. As mulheres, essas, param, descalçam-se, trocam as botas por sapatos para andar dentro de água, atravessam, secam os pézinhos, voltam a calçar-se…e os homens, do outro lado da ribeira, à espera.
Fizemos uma paragem técnica na Romeira, a 11 quilómetros do final. E aí demos cabo do stock de minis do cafézinho da terra.
Faltavam poucos quilómetros e, apesar do calor, parecia que tudo ia acabar bem. Mas estes últimos 11 km foram duros, sempre a subir, com o calor a apertar. O que nos valeu foram as minis que tinham permitido repor o nível de líquidos…
Numa curva do caminho, via-se lá em baixo, ao longe, a mancha branca de Portimão e o azul do mar, a prometer frescura.
Resumindo: chegámos a Marmelete todos rotos.
Hoje vamos pernoitar na Casa do Povo de Marmelete. E amanhã, dia 8, será uma tirada mais curta de 14,7 km, até Monchique. Vamos a ver como corre…
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