De Marmelete a Monchique, uma tirada de 14,7 km sob sol forte e inclemente, subindo a encosta da serra, com passagem pela Fóia. E assim se passou o quarto dia da 7ª Travessia da Via Algarviana, que terminou com um jantar reconfortante na «Charrete», em Monchique.
Terça-feira, dia 8 de abril, partida às 9h15.
Hoje eram “só” 14,7 km. Só!…Parecia pouco, comparado com os habituais 30 km dos dias anteriores. Só que…começou com uma subida homérica que acabou rapidamente com quaisquer ideias de facilidade.
E depois, como eram poucos quilómetros, fizemos um desvio para um miradouro, e depois ainda outro desvio para ir mesmo até à Fóia (902 metros de altitude).
Mas valeu a pena! Não só pela pausa técnica (nesta altura do campeonato, acho que já não vale a pena explicar o que isso é), mas também pela vista deslumbrante, abarcando praticamente todo o Algarve. E hoje, com bom tempo, fomos vendo todo o Algarve e parte substancial da Costa Vicentina, uma vez que o percurso passou na vertente norte da serra.
Segundo algumas opiniões, este troço tem das melhores paisagens de toda a travessia.
Hoje foi a prova de que a Via Algarviana é para pessoas do 7 aos 77 anos. O mais jovem a fazer o percurso tinha exatamente 7 anos. O menos jovem…acho que não existe.
Entretanto, o grupo vai-se modificando. Partiram alguns, chegaram outros que vão até ao fim. Houve malta de Monchique que também fez o troço e reforçou-se a multiculturalidade. Agora também temos, além do espanhol, de algarvios e de portugueses, uma jornalista alemã que trocou o Caminho de Santiago pela Via Algarviana.
O dia terminou com um belíssimo jantar no restaurante «Charrete», em Monchique, considerado por outros caminhantes já veteranos como um dos pontos altos gastronómicos da travessia. Há até dois que, apesar de amanhã já não nos acompanharem, porque têm de voltar a Lisboa, ficam para o pequeno almoço desta quarta-feira, servido também pelo pessoal da «Charrete» e que dizem ser uma delícia!
Esta noite dormimos no chão – como sempre – no Pavilhão Municipal de Monchique. Até amanhã!
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