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Ordem Economistas (1) Desenvolver o Turismo e uma nova economia regional e ainda criar uma Administração amiga do investimento e com capacidade política competitiva são as três propostas da Delegação Regional do Algarve da Ordem dos Economistas para um Modelo Económico Regional.

O documento, apresentado ontem em Faro, que pretende ser um contributo para os programas eleitorais dos partidos políticos para as Eleições Legislativas, refere ainda 18 medidas para a concretização destas propostas.

Para o desenvolvimento do Turismo e dos seus «efeitos “linkage”», a Ordem propõe, por exemplo, «uma aposta no turismo de cruzeiros», uma «aposta no turismo náutico com a criação de Centros de Mar», ou «o ajuste da fiscalidade associada ao IVA ao praticado pelos concorrentes externos, como forma de aumentar a atratividade dos preços praticados».

Para o desenvolvimento de uma “nova” economia regional, será necessário, segundo o grupo de trabalho que elaborou o documento, «ampliar as redes de rega das barragens, concretizar o desassoreamento das Rias e das Barras, «como forma de incentivo à logística para os portos e respetivo transporte marítimo», concretizar as intervenções no porto de Portimão e propor uma intervenção no terminal de carga de Loulé, ou ainda criar «um grupo de trabalho para o debate e estudo do impacto ambiental, económico e social da prospeção de gás natural no Algarve».

Já entre as medidas de ação apresentadas para a «criação de uma Administração “amiga” do invesOrdem Economistas (2)timento e com capacidade política competitiva», as linhas orientadores sugerem o desenvolvimento do conceito de “balcão único” de atendimento a pessoas e empresas, a reorganização da administração desconcentrada do Estado, ou a reorganização da forma de gestão e competência na gestão dos fundos estruturais numa única entidade, a CCDR Algarve.

Pedro Pimpão, presidente do Secretariado Regional da OE, em declarações ao Sul Informação, disse que há, no documento, a intenção de lançar o debate em «três áreas fundamentais, de acordo com o diagnóstico feito: a água e o saneamento, para perceber e dar um contributo para o modelo de privatização da água; a Saúde, debatendo se o modelo de governança deve ser alterado ou não; e os transportes, que requerem uma discussão e análise mais profunda».

A estas questões, Pedro Pimpão adiciona mais uma que considera «fundamental: a discussão da exploração de gás natural no Algarve. É necessário perceber que impacto ambiental, social e económico é que tem a prospeção de gás natural no Algarve. Pensamos que as instituições oficiais devem pegar neste assunto e devem debatê-lo sem tabus, e sem qualquer problema, com a sociedade».

Pedro Pimpão considera que «caberá aos partidos saber o que fazer com este documento e, eventualmente, abarcar algumas destas propostas em instituições que, essas sim, têm responsabilidade de executar a visão. Esta é uma orientação estratégica que a região não tem, e que deveria ter, e há agora uma janela de oportunidade nas próximas legislativas para que possa ser aproveitada por qualquer partido que seja».

As Linhas Orientadoras para um Modelo Económico Regional do Algarve foram o resultado do estudo de um grupo de trabalho composto por seis economistas: Adriano Pimpão, Hélio Barros, João Calçada Correia, Paulo Rodrigues, José Leite Pereira, Francisco Severino e Francisco Mendonça Pinto.

Na formulação do documento Linhas Orientadoras para um Modelo Económico Regional do Algarve, foram utilizados alguns artigos de opinião publicados no Sul Informação, ao abrigo do protocolo com a OE, «principalmente na parte das propostas, conforme se pode verificar na bibliografia».

 

O documento pode ser descarregado, na íntegra, aqui.

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