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Cerca de 260 empresas algarvias, de todos os concelhos da região, foram desafiadas a encontrar, em si mesmas, a inovação, ao longo de 16 sessões de sensibilização do programa Inova Algarve. O objetivo é que, depois de feita uma autoavaliação, estes empresários possam desenvolver projetos para candidatar a fundos comunitários.

A última ação de sensibilização realizou-se a 28 de Junho, no auditório do NERA, em Loulé, e o balanço destas sessões, que pretendem servir como uma ajuda a que os empresários se candidatem a fundos comunitários, é «extremamente positivo», segundo Vítor Neto, presidente do NERA, que promove o Inova Algarve em parceria com a AMAL.

Vítor Neto explicou ao Sul Informação que «o papel deste programa é ajudar as empresas a detetar as potencialidades e ajudar depois a formalizar as suas candidaturas a fundos comunitários. Por vezes, esta linguagem é muito complexa, com terminologia que afasta as pessoas, que pensam que estes fundos não são para elas. É uma linguagem muito formatada da União Europeia, com todas as dificuldades que isso representa».

Nos 16 concelhos, estiveram «entre 260 e 280 empresários, o que é bom, porque não são iniciativas de massas. Houve empresas de diferentes setores, umas mais jovens que outras, e muitas ficaram em contacto connosco e vão continuar. Vão poder contactar-nos individualmente ou em grupo e vamos dar continuidade a esse trabalho».

Depois deste périplo pela região, Vítor Neto ficou convencido que «há inovação nas empresas algarvias, mas há muito trabalho para ajudá-las a descobrir as formas de inovar no seu negócio. Muitas vezes, pode não haver conhecimento, ou sensibilidade para isso, e o nosso papel é despoletar a curiosidade das empresas em si mesmas».

O nível de inovação de uma empresa pode traduzir-se numa classificação, depois de preenchido um questionário aqui. Quando houver suficientes dados de empresas, será divulgado o barómetro da inovação das empresas algarvias. Neste, será possível, por exemplo, comparar o nível de inovação das empresas, com outras do mesmo setor.

Vitor Neto considera que «este barómetro, em que pedimos uma autoavaliação às empresas sobre o seu grau de inovação, é uma forma de estimular a curiosidade para fazer coisas novas».

As ações de sensibilização terminaram, mas o trabalho do Inova Algarve vai prolongar-se até 2018. Além da disponibilização dos dados do barómetro, em Setembro haverá workshops para empresas e o objetivo é que, no final do projeto, pelo menos 40 empreendedores apresentem candidaturas aos fundos comunitários no espaço de seis meses.

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