A frota algarvia da pesca da sardinha vai retomar esta noite a faina, depois de, em reunião em Lisboa entre a DGRM, a administração da Docapesca e as organizações de produtores, ter sido encontrada «uma solução dentro dos parâmetros legais» para a pesagem para venda de contentores de pequenos peixes pelágicos com mistura.
Jorge Vairinhos, dirigente da organização de produtores Barlapescas, com sede em Portimão, disse ao Sul Informação que, da reunião, saiu «uma solução que nos satisfaz a nós e aos requisitos legais». A solução passa por um novo método de pesagem «por amostragem» das dornas, os contentores nos quais, ainda em alto mar, os pequenos pelágicos capturados pela frota de cerco – sardinha, mas também carapau e cavala – são acondicionados em água e gelo, para manter a sua qualidade.
Miguel Cardoso, da Olhãopesca, acrescentou que a metodologia de pesagem para a venda de contentores de pequenos pelágicos com mistura é «coerente com as especificidades muito próprias do setor do cerco» e «enquadra-se na legislação em vigor».
Desde segunda-feira que as 51 embarcações de Olhão, Portimão e Quarteira da pesca da sardinha estavam paradas, em protesto contra a imposição de um novo método de pesagem do pescado, alegadamente imposto de «um dia para o outro», mas que, segundo esclareceu depois a Docapesca, resulta das imposições dos regulamentos comunitários.