Empresas do grupo algarvio Garvetur – Enolagest vão reforçar as suas equipas, em 2016, e planeiam contratar 80 pessoas. O anúncio foi feito ontem pelo administrador do grupo Reinaldo Teixeira, num almoço de trabalho com a comunicação social, que serviu para dar a conhecer os projetos em curso e as perspetivas para o corrente ano.
É, precisamente, por anteverem um 2016 de crescimento, que as empresas Garvetur vão apostar em criar postos de trabalho. Neste campo, destaque para a Alvarsol, lavandaria industrial que planeia fazer um investimento de cerca de um milhão de euros para, segundo o seu responsável Orlando Lopez, «triplicar a sua capacidade». Com o aumento de capacidade, esta lavandaria vai precisar de contratar 30 pessoas.
Este é apenas uma das muitas áreas de negócio de um grupo que junta 38 empresas, relacionadas com a atividade turística, e existe há mais de 33 anos. «Não conheço conjunto de empresas que tenha tamanha diversidade e complementariedade. Tocamos em todas as atividades relacionadas com o turista. E, como costumamos dizer, quando não há empresa a trabalhar numa área, criamo-la», disse Reinaldo Teixeira.
No encontro promovido pela Garvetur com os jornalistas, estiveram representadas algumas empresas do grupo, que trabalham em áreas emblemáticas. Além da Alvarsol, marcaram presença representantes da Garvetur Férias e da VisaCar, bem como do departamento de recursos humanos do grupo.
A área de férias é uma das principais do Garvetur -Enolagest, grupo que faturou 30 milhões de euros em 2015. E é uma onde se verifica um franco crescimento, em linha com os bons resultados registados pelo turismo algarvio, nos últimos anos.
Em 2015, a Garvetur Férias conseguiu «um aumento de 19 por cento na ocupação» das cerca de 600 unidades de alojamento e 200 moradias que gere, não apenas no Algarve, mas também noutros pontos do país, incluindo a zona do Douro, segundo Célia Teixeira, representante da empresa.
Em 2016, as perspetivas são para um crescimento dentro dos mesmos valores – «19 a 22 por cento». Para já, houve um franco crescimento, acima do esperado, nos dois primeiros meses do ano, de 15 por cento. Isto, aliado ao facto de «estar já reservada 49 por cento da nossa capacidade, em 2016», permite perspetivar não só boa ocupação, mas, acima de tudo, bons negócios.
«Nos últimos anos, promovemos muitas campanhas de venda, algumas agressivas, com fortes descontos. Este ano já não o estamos a fazer», revelou Reinaldo Teixeira, até porque o nível de procura não o justifica. «As pessoas têm consciência que vai ser mais difícil garantir casa, principalmente na época alta, e começaram a fazer as reservas mais cedo», acrescentou.
Outra área que está em recuperação é a do imobiliário. Também aqui haverá recrutamento, até porque a procura tem vindo a aumentar, de forma exponencial, e começa a haver poucas casas novas disponíveis, em portefólio. Isto faz antever um relançamento do setor da construção civil, algo que deve acontecer com muito planeamento, defendeu Reinaldo Teixeira.
A crise, com tudo o que trouxe de mau, também «ensinou muita coisa», segundo o administrador da Garvetur, nomeadamente o nível de oferta ideal, para evitar que a situação que foi vivida entre 2008 e 2012 se repita.