A Associação In Loco, que coordena a gestão do Sub-Programa 3 do PRODER, para a região do Interior do Algarve Central, recebeu, entre Outubro de 2009 e Julho de 2013, mais de 140 candidaturas, cujo montante global de investimento ascende aos 18 milhões de euros. Este valor ultrapassa em 8 milhões a verba prevista para este território.
De acordo com a análise efetuada ao longo deste período, uma parte desses pedidos de apoio não reunia as condições de sustentabilidade exigidas pelo Programa, tendo por isso sido rejeitada.
Outra parte acabou por enfrentar o agravamento da situação económica da região, o que colocou maiores dificuldades à execução dos investimentos previstos, salienta a In Loco.
Excluídas todas estas situações, a In Loco prevê, ainda assim, «um número de projetos superior em aproximadamente 3 milhões de euros ao montante atribuído ao território».
São dados considerados «animadores» para uma região que apresenta das mais graves situações de crise de investimento e de desemprego no país.
«Os últimos meses têm, aliás, sido marcados por uma forte procura de investidores privados, interessados em desenvolver atividades económicas neste território, contrariando fortemente a tendência dos últimos três anos», sublinha a associação de desenvolvimento.
A In Loco relembra que a verba definida para o Interior do Algarve Central, para o período de 2009 a 2014, é quase o dobro da atribuída no quadro comunitário anterior, que terminou em 2007.
«Atendendo que se verificaram sérias dificuldades no arranque no PRODER e que o período de execução do programa coincidiu com uma das mais graves crises económicas da região, as notícias aqui expostas são encorajadoras. Mesmo num período de forte retração e descapitalização dos investidores, o território manifestou condições de absorção completa dos montantes que lhe foram atribuídos».
A In Loco estima que até Dezembro de 2014, prazo máximo previsto para a execução dos investimentos, serão criados mais de 300 postos de trabalho em áreas muito diversificadas: instalação e modernização de microempresas; alojamento, restauração e animação turística; transformação e comercialização de produtos locais; criação e melhoria de serviços sociais e culturais; valorização do património.
Os projetos que ficarem numa situação de overbooking, por falta de financiamento, serão sinalizados pela In Loco com vista à sua integração no próximo quadro comunitário de apoio a Portugal e ao Algarve.
«Não podemos deixar de apoiar os investidores interessados em criar emprego e riqueza nesta região», salienta a associação, razão pela qual a In Loco dará início a curto prazo ao alargamento e consolidação da parceria que integra o Grupo de Acção Local, com vista à preparação da estratégia de desenvolvimento para o Interior do Algarve Central para o próximo período de financiamento.