O mais recente estudo do Observador Cetelem sobre o mercado automóvel revela que a Internet deve passar a ser considerada como uma ferramenta relevante pela distribuição automóvel: permite ao consumidor obter informação de forma mais rápida e, no final acelerar e ativar a sua decisão de compra.
Mais de metade dos portugueses (55%) afirmam que nos próximos dois anos pretendem utilizar a Internet para obter informação e 29% estão dispostos a comprar e pagar a sua viatura por este meio.
No entanto, o Observador Cetelem constatou que presentemente, esta ferramenta não está a ser totalmente explorada pela indústria automóvel. Verifica-se que existe uma necessidade de reinventar a distribuição automóvel, de forma a que esteja mais alinhada com a sua época e com as expectativas dos consumidores.
Reinventar a distribuição automóvel significa sair do dispositivo «clássico» e passar para um sistema de venda que permita baixar os preços e aumentar a satisfação, de acordo com as expetativas do consumidor.
Já há algum tempo que os consumidores abandonaram as formas clássicas de pesquisa de informação (como catálogos de marcas, conselhos profissionais…). Para obter uma linha de orientação quanto à escolha de um veículo, a maior parte dos europeus consulta os sites das marcas (61% para a média dos oito países analisados e 67% para o caso especifico de Portugal).
Entre as outras fontes de informação online que os consumidores portugueses pensam privilegiar no futuro, estão os sites de concessionários (60%), seguidos dos fóruns (39%), onde são expressas as opiniões dos internautas.
«É inquestionável que a Internet se tornará numa plataforma privilegiada no futuro próximo. Acreditamos que o recurso a esta, para recolha de informação ainda não atingiu o seu apogeu.
Nos países europeus, nos próximos dois anos, a Internet será utilizada como fonte de informação por mais de um indivíduo em cada dois. Assim, os consumidores utilizarão cada vez mais a Internet para obter uma linha de orientação quanto à escolha do seu veículo, podendo inclusivamente, passar de uma mera consulta para o ato de compra propriamente dito» defende Diogo Lopes Pereira, diretor de Marketing do Cetelem.
Este estudo do Observador Cetelem verificou também que a utilização crescente da Internet está a par de uma procura cada vez maior, de um preço mais baixo para o veículo escolhido.
Com efeito, a Internet permite ao consumidor conceber o seu projeto de compra, comparando as formas de venda dos modelos propostos, de acordo com numerosos critérios. A atração pelos preços reduzidos revela-se primordial neste processo.
«Os show-rooms estão a tornar-se caros, designadamente, por causa das normas de apresentação impostas pelos construtores. Neste sentido, o relançamento da distribuição automóvel deverá forçosamente passar pela Internet que capta cada vez mais compradores na pesquisa de informação, logo no processo de decisão de compra.
A Internet não deve continuar a ser considerada como uma ameaça para as redes tradicionais de venda automóvel, mas sim como um verdadeiro acelerador da compra desse bem!», defende o responsável.
As análises económicas e de marketing, bem como as previsões, para o Caderno Automóvel 2013, foram efetuadas em colaboração com a empresa de estudos e consultoria BIPE (www.bipe.com).
Os inquéritos de campo ao consumidor foram conduzidos pela TNS Sofres, durante o período Maio a Junho 2012, na Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Itália, Portugal, Reino Unido e Turquia. No total, foram inquiridos 4.830 indivíduos (amostras representativas das respetivas populações nacionais).