O investimento e as comparticipações nos projetos em territórios de baixa densidade populacional vai ser privilegiado, para dinamizar a economia, anunciou o ministro do Desenvolvimento Regional esta sexta-feira, em Aljezur, na abertura da Bienal de Turismo de Natureza.
Miguel Poiares Maduro adiantou que o próprio Governo vai aumentar o investimento público e, ao mesmo tempo, favorecer os privados que queiram investir nos territórios de baixa densidade, através da aplicação das regras do Código Fiscal de Investimento.
Segundo as regras dos fundos europeus “Portugal 20/20”, cujo regulamento geral foi aprovado na quinta-feira em Conselho de Ministros, nestes territórios serão dadas «comparticipações maiores», mas também será «valorizada de forma mais positiva a seleção de projetos», nomeadamente valorizando as candidaturas para os fundos de acordo as diferentes «tipologias dos territórios».
No seu discurso na sessão de abertura da Bienal, em Aljezur, no coração de um desses territórios de baixa densidade, o ministro disse que «há toda uma série de áreas, uma abordagem global do Governo para favorecer a atividade económica nos territórios de baixa densidade, como forma de conseguir inverter um processo de décadas de desvalorização económica e social desses territórios».
Poiares Maduro salientou que a aposta é em «trazer atividade e crescimento económico, emprego e dinamismo social».
No seu discurso, Aura Fraga, vice-presidente da associação Vicentina, principal organizadora da Bienal, sublinhou que «já é tempo de os territórios de baixa densidade serem considerados um problema», preferindo sublinhar as suas «potencialidades».
A comitiva da inauguração integrava, além do ministro Poiares Maduro, o secretário de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza, Miguel Castro Neto, bem como o anfitrião, o presidente da Câmara de Aljezur José Amarelinho.
Presentes estiveram também os edis de Monchique (Rui André), de Vila do Bispo (Adelino Soares) e de Loulé (Vítor Aleixo), bem como o presidente da Comissão de Coordenação Regional do Algarve (David Santos), os diretores regionais de Agricultura, de Economia e do IEFP e ainda Aura Fraga, vice-presidente da Vicentina, entre outras individualidades.
Na Bienal, participam muitas das empresas que, no Algarve e Baixo Alentejo, se dedicam ao turismo nos territórios de baixa densidade, em especial a atividades de turismo de natureza, rural e de aldeia, mas também empresas que oferecem produtos e soluções para estas áreas, e ainda muitas, muitas entidades públicas.
Há também artesanato genuíno, produtores locais e regionais, de enchidos, vinhos, licores, doces, e outros produtos da terra, bem como uma zona de restauração, com gastronomia tradicional.
Neste que é o seu último dia, a Bienal, de manhã, está aberta só para profissionais das 9h00 às 12h00, mas abre depois para o público em geral até às 22h00. A entrada é livre.
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