72% dos portugueses já fazem compras na internet, mas essa percentagem poderá, no futuro, aumentar para 79%, indica uma análise recente do Observador Cetelem, que sublinha ser o consumo 2.0 uma tendência transversal a toda a Europa.
Entre 2011 e 2012, o mercado do e-commerce europeu passou de 254 mil milhões de euros para mais de 305 mil milhões, uma progressão superior a 20%.
Nesta análise, o Observador Cetelem apresenta um novo consumidor europeu, fruto da crise económica e do advento da revolução tecnológica.
O e-commerce tornou-se numa realidade que agita muitos modelos de distribuição e que permitiu o aparecimento de intervenientes mundiais em poucos anos.
Entre 2009 e 2011, o número de empresas comerciais – bens e serviços – na Internet aumentou 26,5% (fonte: Comissão Europeia, Digital Agenda Scoreboard).
Relativamente às compras feitas neste mercado, os Franceses, os Alemães e os Britânicos representam cerca de 70% do total europeu.
Apesar de uma motivação quase geral dos consumidores europeus para fazerem as suas compras online, 17% não aderirão ao e-commerce, percentagem que em Portugal chegará aos 21%.
Segundo o estudo do Observador Cetelem, a necessidade de estarem in situ e a falta de confiança consequente, ainda é uma limitação incontornável desta forma de consumo.
Outro parâmetro analisado no estudo, é a questão do pagamento online. Na Europa Ocidental, os consumidores são ainda cépticos em relação a este modelo, muito mais do que na Europa de Leste, onde os receios residem na qualidade do produto, que não é verificável através do ecrã do computador.
Conclui-se, assim, que as lojas continuarão a ser indispensáveis no percurso de compra dos Europeus, serão sempre a montra que permite ver e tocar nos produtos antes de os encomendar através da Internet.