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Porto de Portimão_navio cruzeiros atracadoO movimento de mercadorias e de navios aumentou, nos Portos do Algarve, mas o número de passageiros de cruzeiros estagnou, em 2015,  revelam dados agora divulgados pela APS – Administração dos Portos de Sines e do Algarve.

Assim, em termos de percentagem, a maior subida foi registada no número total de navios que utilizaram o porto de Portimão, que passou de 46 em 2014, para 70, em 2015, resultando num acréscimo de 52,17%.

Em Faro, o número de navios passou de 79 para 85 (mais 7,59%), o que significa que, no conjunto dos dois portos, houve um crescimento total de 24%.

Menos exuberante foi o acréscimo de passageiros no Porto de Portimão. Em 2015, apesar de ter havido mais 13 navios de cruzeiro a atracar em Portimão (34, em 2014, 47, em 2015), houve apenas mais 152 passageiros (num total de 14.786 em 2015). Segundo a APS, em resposta a uma pergunta do Sul Informação, essa falta de proporcionalidade do aumento deveu-se ao facto de «o número de passageiros por escala de navio ter sido inferior».

Ao que o nosso jornal apurou, isto deveu-se ao facto de, no ano passado, terem escalado Portimão navios de menor porte, levando a uma quase estagnação no número dos passageiros.

De acordo com dados fornecidos pela APS ao nosso jornal, em 2015, o Porto de Faro recebeu um total de 85 navios, dos quais 80 eram de carga.

Cimento da Cimpor prestes a ser carregado no Porto de Faro
Cimento da Cimpor prestes a ser carregado no Porto de Faro

«Alguns destes últimos e os restantes navios (5), de variadas outras tipologias (navios frigoríficos, dragas,…), aportaram o porto para a realização de um conjunto de outras operações, não diretamente relacionadas com a movimentação de mercadorias, como sejam o seu abastecimento», esclareceu a APS.

Quanto ao Porto de Portimão, no ano passado, recebeu 70 escalas de navios, das quais 47 de navios de Cruzeiro, «restando 23 escalas de navios de variadas outras tipologias (de entre as quais carga geral, investigação/exploração,…) que utilizaram o porto de Portimão para a realização de um conjunto de operações que não de movimentação de passageiros ou mercadorias».

No que diz respeito às mercadorias, movimentadas em exclusivo pelo Porto de Faro, houve um aumento de 7,86% no período em análise, passando de 367.412 toneladas em 2014, para 396.276 no ano passado.

Deste total, segundo dados revelados pela APS ao Sul Informação, destacou-se a movimentação de cimento (353.345,6 toneladas), seguida do clínquer (29.301,7 toneladas).

O principal cliente do Porto de Faro é a Cimpor, que, através dele, exporta grande parte da sua produção de cimento, para mercados como a Argélia ou Cabo Verde.

Porto de Faro
Porto de Faro

Apesar do aumento, a verdade é que esta subida ficou aquém das expectativas da administração da APS. Em Agosto, durante uma visita ao Porto de Faro, João Franco, presidente da Administração dos Portos de Sines e do Algarve, tinha anunciado que essa infraestrutura portuária iria terminar o ano com um «aumento substancial de 10%» nos seus movimentos, ou seja, com cerca de «450 mil toneladas de carga».

Os números finais, abaixo dessa expectativa devem-se, segundo a APS, a a variações do «mercado e conjuntura externa».

Respondendo a uma questão colocada pelo nosso jornal, a APS salienta que, «em Agosto, à data da referida comunicação, o movimento de mercadorias no porto de Faro apresentava um crescimento significativo e acima dos 10%, constituindo-se ainda assim este último como um valor conservador. Àquela data, nada previa que a variação na movimentação de mercadorias não atingisse os dois dígitos de crescimento, tão somente justificado pelo mercado e conjuntura externa».

«O crescimento estimado de 10% representaria um acréscimo na movimentação em 36.741 toneladas, tendo ficado apenas por  28.864 toneladas, ou seja 7.877 toneladas abaixo do valor estimado em Agosto. Esta diferença representaria a carga de dois navios, que ainda assim não apresentou qualquer variação, uma vez que o número de navios que movimentaram mercadorias ter sido o mesmo que no ano transato, para um total de mercadorias que, em 2015, foi superior».

 

 

 

 

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