A ministra do Mar tomou hoje a decisão que permite à Administração dos Portos de Sines e do Algarve iniciar dragagens no Rio Arade, para eliminar um cabeço de areia existente na zona entre o porto de pesca, na margem esquerda, e a zona ribeirinha de Portimão, na margem direita.
Reagindo a este anúncio, Isilda Gomes, presidente da Câmara de Portimão, disse ao Sul Informação que o banco de areia «já não era dragado há muitos anos», apesar de ser considerado «um verdadeiro perigo para a navegação».
A existência desse banco de areia colocava também problemas à realização do Grande Prémio de Portugal do Campeonato do Mundo de Formula 1 de Motonáutica, que regressa a Portimão no próximos dias 29 e 31 de julho, e que usa precisamente o espelho de água dessa zona do estuário do Arade.
A prova é considerada pelo Gabinete da ministra Ana Paula Vitorino como não só «relevante para a economia da região», como pondo «Portugal no ranking dos países privilegiados para a realização de grandes provas náuticas internacionais, com impactes significativos na Economia do Mar».
«A intervenção vai ao encontro das necessidades de desenvolvimento económico e turístico das atividades marítimas, com reflexo na promoção e valorização do destino Algarve», acrescenta o Gabinete da ministra do Mar, em comunicado enviado às redações.
As dragagens, que vão ser feitas «muito rapidamente», segundo revelou a autarca Isilda Gomes ao nosso jornal, para que tudo esteja pronto a tempo da prova do Mundial de Fórmula 1 de Motonáutica, serão da responsabilidade da APS, vão custar cerca de 200 mil euros e envolver um volume até 25.000 metros cúbicos de areias a retirar.
Enquanto esta «intervenção de emergência» avança, continua a não haver uma decisão final sobre as obras que vão permitir trazer navios de cruzeiro de maiores dimensões ao porto de Portimão, num montante previsto de 10 milhões de euros.
A presidente da Câmara de Portimão garante já ter abordado o assunto com a ministra do Mar, que estará «a estudar a situação». «Neste momento, estão ainda «a ser feitos estudos por parte da APS e da tutela que sirvam de base para tomar uma decisão» sobre as obras no porto comercial.