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O Grupo Parlamentar do PCP entregou uma pergunta ao Governo sobre a implementação de um sistema de distribuição de água em pressão no Aproveitamento Hidroagrícola de Silves, Lagoa e Portimão, cuja candidatura ao PRODER só foi aprovada pela metade.

Os comunistas salientam que o Aproveitamento Hidroagrícola de Silves, Lagoa e Portimão beneficia uma área de cerca de 2300 hectares de terrenos agrícolas, situados nas freguesias de Silves, Alcantarilha, Lagoa, Porches, Estombar, Carvoeiro e Portimão, dos concelhos de Silves, Lagoa e Portimão.

Dos 2300 hectares beneficiados pelo Aproveitamento Hidroagrícola de Silves, Lagoa e Portimão apenas cerca de 70% (1600 hectares) são regados, destacando-se as culturas de citrinos (1100 hectares) e de arroz (300 hectares).

Nas áreas regadas contam-se ainda os campos de golfe (20 hectares dentro do perímetro de rega e 40 hectares fora). Os restantes 30% (700 hectares) não são cultivados.

A gestão do Aproveitamento Hidroagrícola de Silves, Lagoa e Portimão está a cargo da Associação de Regantes e Beneficiários de Silves, Lagoa e Portimão, com sede em Silves.

Numa recente reunião com esta Associação, os deputados comunistas foram informados do projeto de substituição do sistema de distribuição de água, passando de gravítico para pressão, nos blocos de Silves e Lagoa, «o que permitiria aumentar a rentabilidade das explorações agrícolas».

Por exemplo, no caso dos citrinos, a Associação estima esse aumento de rentabilidade em cerca de 22% a 24%. Os parlamentares comunistas sublinham que «a introdução de um sistema de distribuição de água em pressão, além de aumentar a rentabilidade das explorações atuais, contribuiria para criar condições para que a área desaproveitada do Aproveitamento Hidroagrícola (cerca de 700 hectares) pudesse vir a ser utilizada a curto prazo para fins agrícolas».

Para isso, a Associação de Regantes e Beneficiários de Silves, Lagoa e Portimão apresentou ao PRODER uma candidatura para implementação de um sistema de distribuição de água em pressão nos blocos de Silves e Lagoa. «Contudo, apenas foi aprovada a componente relativa ao bloco de Silves, ficando de fora os cerca de 1200 hectares do bloco de Lagoa».

Assim, o Grupo Parlamentar do PCP questionou o Governo (leia aqui a pergunta) sobre os motivos pelos quais, do projeto apresentado pela Associação de Regantes e Beneficiários de Silves, Lagoa e Portimão, de substituição do sistema de distribuição de água, passando de gravítico para pressão, apenas foi «aprovado para o bloco de Silves, deixando de fora o bloco de Lagoa que representa mais de metade da área beneficiada do Aproveitamento Hidroagrícola de Silves, Lagoa e Portimão».

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