O preço médio do pescado comercializado nas lotas da Docapesca do Algarve cresceu 67,4% nos primeiros quatro meses de 2017 face ao período homólogo do ano passado, subindo de 2,48 para 4,16 euros por quilo, o preço mais elevado a nível nacional.
Segundo os dados hoje divulgados pela Docapesca, no mesmo período e também em comparação com 2016, o valor transacionado em lota aumentou de 12,1 milhões de euros para 15,2 milhões, o que representa um incremento de 25,3%, apesar da descida de 25,1% em volume, de 4.865 para 3.643 toneladas.
As lotas do Algarve representaram um quarto (25%) do valor transacionado em todo o País, superior ao seu peso em volume, que foi de 16,3% do total nacional.
O preço médio mais alto registou-se em Vila Real de Santo António (€10,85), seguindo-se Santa Luzia (€6,67), Fuzeta (€6,23), Albufeira (€5,86) e Tavira (€5,85), mas as maiores subidas face a 2016 ocorreram nas lotas de Quarteira (190%), Olhão (121,2%), Fuzeta (56,1%), Lagos (49,2%) e Sagres (35,9%).
A análise quanto ao valor transacionado em lota revela que o mais elevado foi registado em Vila Real de Santo António (3,3 milhões de euros), seguindo-se Portimão (2,9 milhões), Olhão (2,2 milhões), Quarteira (2,1 milhões) e Santa Luzia (904 mil).
As maiores subidas foram na Fuzeta (139,7%), em Albufeira (70,2%), em Vila Real de Santo António (50,7%), em Santa Luzia (49,6%) e em Portimão (47,4%).
No que respeita ao volume, Portimão lidera com 1.366 toneladas. Olhão registou 722 toneladas, Quarteira 448 toneladas, Vila Real de Santo António 303 toneladas e Sagres 266 toneladas.
Os maiores crescimentos em volume de 2016 para 2017 registaram-se na Fuzeta (53,5%, Albufeira (48,8%), Vila Real de Santo António (44,7%), Portimão (43,7%) e Santa Luzia (23,4%).
O pescado comercializado em todas as lotas da Docapesca nos primeiros quatro meses de 2017 atingiu o valor de 60,5 milhões de euros, o que representa um aumento de 17,8% em comparação com o período homólogo do ano passado (51,4 milhões de euros).
Este crescimento deve-se ao aumento em 12,5% do preço médio, que subiu no primeiro quadrimestre do ano para 2,7 euros por quilo (mais 30 cêntimos) e também da maior quantidade de pescado, que passou de 21.398 toneladas para 22.398 toneladas (+4,7%).