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O Conselho Fiscal da Associação dos Comerciantes da Região do Algarve (ACRAL) está neste momento sem condições para funcionar, após a demissão do presidente deste órgão Álvaro Rodrigues, apresentada na passada semana. Com a saída do presidente, o órgão ficou sem quórum para funcionar.

A notícia foi avançada esta segunda-feira pelo site «Diário Online», que adiantou que Álvaro Rodrigues justificou o seu ato por a direção da associação «não ter satisfeito os pedidos de cedência de documentos que permitissem analisar as contas da instituição e, desse modo, poder emitir parecer sobre o Relatório e Contas do exercício de 2011 e Orçamento para 2012».

Segundo o jornal online regional, a direção não terá fornecido diversa documentação solicitada pelo Conselho Fiscal, nomeadamente: «cópia de todas as atas das reuniões de Direção desde o início do mandato, mapa de dívidas a fornecedores, mapa de dívidas ao fisco e à segurança social, ponto de situação das responsabilidades bancárias, cópia dos mapas de quilómetros e de outras despesas efetuadas por todos os dirigentes desde o início do mandato, cópia dos extratos dos cartões de crédito atribuídos a dirigentes e funcionários desde o início do mandato, listagem das empresas e valores envolvidos em todos os contratos no âmbito do MODCOM».

Também estará em causa a documentação relativa à empresa Canal Algarve, detida pela ACRAL e que detém os títulos de comunicação social «O Algarve» e «Observatório do Algarve». Neste caso, Álvaro Rodrigues pediu à direção, alegadamente sem obter resposta, «o mapa de dívidas a fornecedores e a funcionários e ainda o fornecimento de um ponto de situação das responsabilidades bancárias».

Há alguns meses, o presidente da Assembleia Geral da ACRAL Álvaro Viegas já tinha questionado publicamente a viabilidade dos investimentos da associação em órgãos de comunicação social, alertando para os prejuízos mensais que a exploração dos títulos implicavam para a associação.

Na altura, o presidente da ACRAL João Rosado desmentiu os valores avançados por Álvaro Viegas, que apontava para prejuízos mensais de 10 mil euros. Ao «Diário Online», adiantou que estes valores só seriam apurados após o fecho das contas de 2012.

No que se refere à demissão de Álvaro Rodrigues, João Rosado afirmou ao mesmo órgão de comunicação social que o entende como «um ato unipessoal compreensível a dois meses das eleições».

O Sul Informação tentou contactar Álvaro Rodrigues, mas sem sucesso, até ao momento.

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