A desmaterialização de todos os municípios, tornando o acesso aos serviços públicos mais digital, uma plataforma de gestão de ocorrências, a nível de toda a região, ou uma aplicação que dará a conhecer futuros eventos culturais. Estas são algumas das iniciativas do projeto “AlgarveMais Digital”, que foi aprovado, no passado dia 22 de Fevereiro, em reunião da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve, e quer ser fechado no prazo de um ano.
A juntar a estas, está um projeto, ligado à reengenharia de processos, com o objetivo de encetar a sua harmonização a nível regional, ou seja, tornando-os iguais nos 16 concelhos.
Em declarações ao Sul Informação, Miguel Freitas, primeiro secretário da AMAL – Comunidade Intermunicipal do Algarve, explicou que o grande objetivo do projeto “AlgarveMais Digital”, que tem um orçamento de 2,2 milhões de euros, é «tornar o governo municipal mais acessível aos cidadãos».
No que toca à aplicação de gestão de eventos, por exemplo, a fórmula será «aberta», porque cada pessoa poderá entrar «na base de dados e dar a informação daquilo que vai ocorrer, sem intermediários», explicou.
Quanto à gestão de ocorrências, o objetivo é criar em todos os 16 municípios algo parecido com o que já está implementado em Vale do Lobo, com a Infralobo Smart Managment, de modo a poder coordenar toda a informação a nível regional, sempre que os utilizadores reportarem ocorrências fora do normal.
Por agora, e dado que a aprovação do projeto é recente, ainda nenhuma destas quatro iniciativas está «verdadeiramente adiantada». «Estamos a implementar o “AlgarveMais Digital”, fazendo vários contactos», revelou Miguel Freitas ao nosso jornal.
Mas o que está «quase a sair» é uma aplicação, relacionada com o projeto de mobilidade sustentável VAMUS, e que será «um instrumento de planeamento e gestão da informação aos utentes».
Destapando um pouco o véu acerca daquilo que terá esta plataforma, Miguel Freitas avançou ao Sul Informação que «dará informação sobre os horários de todas as carreiras» de transportes públicos, questionando também os utentes sobre se, por exemplo, «o autocarro era confortável ou se cumpriu o horário».
O objetivo é, assim, «colher informação para depois fazer um contrato definitivo com os operadores», acrescentou.
No entender de Miguel Freitas, a área da digitalização é uma matéria na qual o Algarve «tem de correr depressa», até porque a AMAL já tem conhecido «outras iniciativas» do género fora da região.
Com este projeto, garantiu, essa lacuna será remendada e o atraso será «recuperado rapidamente». E até já há uma ideia para um outro futuro projeto, depois de estes serem implementados. «Queremos avançar para outro. Será uma segunda etapa muito virada para o turismo», concluiu.