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Os responsáveis pelo projeto Proforbiomed reuniram-se, pela primeira vez, na terça-feira, com as entidades regionais, na Direção Regional de Agricultura do Algarve (DRAAlg), no Patacão (Faro).

O fórum Proforbiomed, que juntou cerca de 40 pessoas, teve como objetivo ouvir e convidar as diversas entidades a participar ativamente neste projeto internacional, que visa aproveitar subprodutos da serra algarvia para a produção de energia.

Analisar os custos de transporte, uma vez que os produtores de biomassa não conseguem suportar esses custos, e fazer o levantamento da biomassa existente na região foram algumas das ideias que resultaram deste fórum.

Para além da exploração da biomassa existente para a produção de energia, foi ainda debatida a sua possível utilização pela indústria farmacêutica e perfumaria, podendo este ser um complemento ao rendimento dos produtores.

A gestão deste projeto em Portugal está a cargo do Centro de Investigação em Ciências do Ambiente e Empresariais (CICAE), do Instituto Superior Dom Afonso III (INUAF), em Loulé, que foi convidado a participar no projecto europeu a par da Algar – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos e da Autoridade Florestal Nacional.

“Ficou claro que no Algarve há necessidade de fazer escoar a biomassa que é produzida. Alguns produtores florestais têm biomassa residual que querem escoar, sendo que alguns deles já escoaram para outros países, tendo tido alguns problemas no que concerne ao escoamento de biomassa de pinheiro, devido à legislação. Percebeu-se que existe necessidade de acrescentar algum rendimento aos produtores florestais”, explica Inês Marques Duarte, responsável deste projeto a cargo do CICAE.

Neste momento, existe apenas um estudo muito geral sobre a biomassa algarvia e, por isso, Inês Marques considera necessário saber que tipos de biomassa existem, quais os seus aproveitamentos e que quantidade se pode extrair por ano.

“As culturas energéticas também estão contempladas neste projeto, uma vez que, para fazer funcionar as grandes centrais de energia, tem de ser utilizada biomassa que não está disponível, sendo complementada com culturas energéticas e resíduos agrícolas”, assegura.

Em Portugal, não há estudos concretos de produtividade, apenas se conhece os potenciais caloríficos de alguns materiais, “mas não onde os obter e quais as quantidades disponíveis”.

A par de Portugal, o projeto Proforbiomed está a ser desenvolvido noutros cinco países mediterrânicos (Espanha, França, Itália, Eslovénia e Grécia).

Neste fórum participaram responsáveis das entidades regionais DRAAlg, CCDRA, AMAL, UAlg, Odiana, In Loco, Algar, Câmara de Loulé, Zona de Intervenção Florestal (ZIF), entre outros.

“Foi interessante perceber que as entidades estavam interessadas em acompanhar o processo e em ajudar na gestão do projeto”, diz Inês Marques Duarte.

Neste momento, a coordenação do projeto está a finalizar a definição de metodologias, que deverão começar a ser aplicadas em breve.

Em Maio, os responsáveis pelo projeto têm a primeira reunião internacional para a apresentação de resultados.

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