As prendas são de Natal, mas em muitos casos há quem opte por as comprar depois desta data festiva, para beneficiar dos saldos que a seguem. Em 2016, 23% dos portugueses terão optado por esperar pela época de saldos para comprar os últimos presentes, segundo um estudo do Observador Cetelem, que analisou o consumo e as intenções de compra para a quadra natalícia.
Esta tendência é mais vincada no Sul do país, onde 30 por cento dos consumidores inquiridos admitem fazer compras de Natal depois do dia 25 de Dezembro.
O número registado pela Cetelem este ano é superior ao de 2015 (segundo o mesmo observador, no ano passado o número de pessoas que admitiam ter esperado pelos saldos ficou pelos 20%) mas que ainda está longe do de 2013, em que 33% dos inquiridos disseram estar à espera da baixa dos preços para comprar presentes.
Ainda assim, o número de 2016 pode ainda aumentar, pois apenas 70 por cento dos inquiridos colocaram de parte a hipótese de aproveitar os saldos para comprar mais prendas de Natal, com 7% dos consumidores a dizer que ainda não decidiram se o farão ou não.
Segundo a Cetelem, são as mulheres que mais aproveitam os preços baixos praticados nos saldos, «com 28% das consumidoras a referirem que deixam algumas compras de Natal para esta altura. Já os consumidores masculinos seguem menos esta tendência (18%). Em termos etários, são as gerações dos 18 aos 24 e dos 25 aos 34 anos (27%, em ambos os casos) que mais aguardam pela época de saldos para comprar os últimos presentes».
«Voltámos a verificar, este ano, que as pessoas entre os 45 e os 55 anos têm vindo a perder interesse em esperar pela época de saldos. Até 2013, a sua intenção de guardar algumas compras para este período era das mais elevadas entre todas as faixas etárias, mas essa tendência parece ter desaparecido e, a partir de 2014, são as gerações de jovens e de jovens adultos que mais aproveitam os preços baixos das promoções», segundo Pedro Camarinha, diretor de distribuição do Cetelem.
O estudo foi desenvolvido em colaboração com a Nielsen, tendo sido realizados 600 inquéritos por telefone, a indivíduos de Portugal continental, de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos, entre os dias 26 e 28 de setembro de 2016. O erro máximo é de +4.0 para um intervalo de confiança de 95%.