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O problema da falta de mão de obra, na hotelaria e turismo, deve-se aos «baixos salários e à falta de condições de trabalho», denuncia o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Algarve. 

Em comunicado, o sindicato vem defender que a «tão anunciada falta de mão de obra no setor da hotelaria e restauração, ao contrário das razões apontadas pelo patronato, é, antes de mais, consequência dos baixos salários e do brutal agravamento das condições de trabalho e de vida dos trabalhadores»

A Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) veio a público, esta semana, denunciar que a falta de mão de obra, «em quantidade e qualidade para responder às necessidades empresariais do setor hoteleiro e turístico», é «um dos maiores problemas estruturais do Algarve na atualidade.

Para o sindicato, estas «são afirmações que pretendem esconder a responsabilidade de quem as faz, bem como a difícil realidade vivida por quem trabalha neste setor».

Além disso são «apelos a um maior apoio público por parte dos Governos para canalizar mais uns milhões de euros do Orçamento do Estado para os bolsos dos patrões em nome do combate à precariedade e à sazonalidade». Já a solução da mão de obra estrangeira «mais fácil de explorar» também é mal vista por este sindicato.

Sul Informação já fez uma reportagem sobre o facto de o Algarve estar a procurar trabalhadores noutras regiões e no estrangeiro para combater esta falta de mão de obra.

No mesmo comunicado, enviado esta sexta-feira, 20 de Julho, o sindicato considera que «este é um setor que tem vindo a atingir resultados recordes sucessivos, ao mesmo tempo que o trabalho é cada vez mais precário» com «horários cada vez mais longos e desregulados, ritmos de trabalho cada vez mais penosos e os direitos cada vez mais postos em causa».

A isto acresce o facto de ser «um setor onde se verifica uma grande rotação de trabalhadores no mesmo posto de trabalho porque se recorre cada vez mais a trabalhadores temporários, aos estágios e à prestação de serviços, prejudicando, com isso, a qualidade do serviço», denuncia o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Algarve.

Para uma inversão desta situação, considera-se ser «necessário valorizar os salários, garantir vínculos de trabalho estáveis, horários que permitam a conciliação da atividade profissional com a vida pessoal e familiar, salvaguardar o transporte entre o local de residência e o local de trabalho, repor as carteiras profissionais para melhorar a qualificação dos trabalhadores e permitir a progressão na carreira, valorizar a contratação coletiva», conclui o comunicado.

 

Créditos da foto: Depositphotos

sulinformacao

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