A empresa algarvia Solar One já contribui, pela natureza do seu negócio, para tornar o planeta mais sustentável, mas os seus responsáveis quiseram ir mais longe e compensar todas as emissões de carbono que produzem. Foi desta forma que nasceu a iniciativa «Carbono Neutro», que é uma marca registada da Solar One, à qual já aderiram outras empresas algarvias.
«Esta foi uma ideia que surgiu desde o início da empresa, que ela tinha de ser sustentável. E pensámos no CO2. Quisemos sempre ser neutros em relação ao planeta. Então, decidimos compensar as nossas emissões», explicou o fundador, Pedro Soares.
A lógica é muito simples: primeiro, faz-se a contabilização da produção de CO2 decorrente da atividade da empresa e depois calcula-se quantas árvores é necessário plantar para compensar essas emissões, subtraindo outros inputs positivos, como, por exemplo, o uso de energias limpas, que contribui positivamente para a balança.
«Todos os anos calculamos quantas emissões fizemos, com as carrinhas, o consumo de energia, viagens de comboio ou avião e isso dá um valor de CO2 que nós causámos de estrago ao planeta. Depois, seguindo regras de compensação, vemos qual o número de árvores que é necessário plantar. São umas centenas de árvores todos os anos», contou.
Esta atitude pró-natureza ganhou adeptos e a Solar One já replicou este procedimento. «No ano passado, saiu da esfera da nossa empresa. Falámos com um conjunto de empresas amigas, que também queriam ser Carbono Neutro e fizemos um evento muito maior, com diversas atividades. Plantámos mil e cem árvores em São Brás de Alportel. Já o tínhamos feito em Faro e em Loulé, noutros anos», contou.
Os que aderem à iniciativa, além de ajudarem o ambiente, recebem «um selo de Carbono Neutro», dado pela Solar One. Uma distinção que é garantia de que a Solar One «conferiu as contas deles ao nível das emissões e que vimos as árvores a ser plantadas», explicou Pedro Soares. Tudo isto é feito «numa ótica didática» e os gastos para as empresas envolvidas são relativamente baixos e estão concentrados, essencialmente, «na aquisição das árvores a plantar».
Para Pedro Soares, esta é uma forma relativamente fácil de ajudar à sustentabilidade do planeta e que poderia ser seguida por muito mais. «Nós não compensamos as emissões gastas na produção dos painéis que instalamos, pois não fomos nós que os produzimos. Era bom que toda a gente, nível global, fizesse o mesmo», salientou.