26% dos consumidores portugueses não fazem qualquer controlo do seu orçamento familiar, constata um estudo sobre o nível de literacia financeira, que o Cetelem acaba de lançar, no âmbito do Dia do Consumidor. Trata-se de uma percentagem superior à registada no ano passado (20%).
Para a maioria dos portugueses, o controlo do orçamento familiar limita-se à consulta do extrato bancário (57%).
Face aos últimos anos, há agora menos portugueses a declarar gerir o seu orçamento familiar. Atualmente, 65% dos consumidores afirmam controlar os ganhos e as despesas, quando, em 2015, eram 76% e, em 2014, chegavam mesmo aos 96%.
O estudo do Cetelem revela ainda que, questionados sobre a forma como fazem a gestão do orçamento, a maioria dos portugueses (57%) afirma consultar regularmente o extrato bancário. Este tem sido o método de controlo privilegiado pelos consumidores nos últimos anos: 61% em 2015 e 70% em 2014.
São ainda minoritários os portugueses que procuram outras formas de gestão do orçamento, além da consulta do extrato bancário. Apenas 4% dos inquiridos afirmam ter uma tabela de controlo de gastos e somente 3% declaram ter ajuda de um gestor de conta. Trata-se de percentagens ligeiramente abaixo das que eram registadas no ano passado (7%).
Já a utilização de ferramentas de check up financeiro permanece residual, uma vez que a percentagem de inquiridos que afirma recorrer a este método não chega sequer a 1%.
«Os portugueses estão a controlar menos o seu orçamento, um sinal de que recuperaram alguma confiança em relação aos últimos anos. No entanto, é importante continuar a consciencializar os consumidores para a importância da gestão orçamental familiar, como forma de prever despesas, manter alguma liquidez e realizar poupanças», explica Diogo Lopes Pereira, diretor de marketing do Cetelem.
O estudo Cetelem sobre a Literacia Financeira foi realizado entre os dias 16 e 19 de fevereiro, em colaboração com a Nielsen, através de 500 entrevistas telefónicas a portugueses de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos, residentes em Portugal. O erro máximo é de +4.4 para um intervalo de confiança de 95%.