As expetativas de adesão dos trabalhadores são «muito boas», mas só mesmo na hora se poderá saber exatamente se esta será ou não uma Greve Geral que ficará para a história.
O presidente da União de Sindicatos do Algarve (USAL) António Goulart aponta os setores «tradicionais», como os transportes, educação e saúde como os que terão, provavelmente, a maior adesão na greve marcada para amanhã, quarta-feira, mas mostra-se esperançado que os trabalhadores do setor privado também adiram em massa.
No Algarve, o principal ponto de protesto da USAL nesta Greve Geral será o Jardim Manuel Bívar, em Faro, para onde está marcada uma concentração às 15 horas. À mesma hora, vão estar a funcionar «postos de informação de greve» em Vila Real de Santo António (Praça Marquês de Pombal) e em Portimão (Alameda).
António Goulart disse ao Sul Informação que espera uma «muito boa adesão», um dia antes da paralisação que a CGTP, central intersindical que a convocou e à qual a USAL pertence, quer que seja total e transversal a todos os setores de atividade. Apesar de a outra grande intersindical portuguesa, a UGT, não ter aderido à greve, por considerar que é motivada por razões político-partidárias, muitos dos sindicatos a ela afiliados já fizeram pré-anúncio de Greve.
António Goulart disse ainda que os trabalhadores do setor privado também têm manifestado a sua intenção de aderir, principalmente «os ligados ao setor do comércio». «Esperemos que não haja represálias por parte dos patrões» aos trabalhadores que aderirem à paralisação, desejou, realçando que, até ao momento, a USAL não recebeu qualquer indicação de que isso possa vir a acontecer.
Até porque há muitos patrões que defendem esta greve. «Temos tido algumas indicações nesse sentido, mas, para já, a única concreta veio da Confederação de Pequenos e Micro Empresários, que lançaram um comunicado a apoiar a Greve Geral«, disse.
