Os estudantes da Universidade do Algarve «fazer tudo» para evitar que o Governo corte as transferências diretas para a instituição em 12,5 por cento, como está previsto e ameaçam ir para a rua «fazer manifestações, contestações e auscultações ao ministério das Finanças, que até agora não nos foram concedidas».
«Estamos prontos para ser solidários com o CRUP», disse esta sexta-feira o presidente da Associação Académica da Universidade do Algarve (AAUAlg) Pedro Barros, à margem de uma a conferência de imprensa onde o reitor da UAlg leu um comunicado do Conselho de Reitores, em simultâneo com os seus congéneres das universidades pública portuguesas.
A Direção Geral da AAUAlg já tinha vindo a público esta quinta-feira mostrar «o seu total desacordo em relação aos cortes previstos no Orçamento de Estado destinado ao Ensino Superior, para o ano 2013».
Num comunicado, os representantes dos universitários do Algarve defendiam que «estes cortes sucessivos asfixiam a instituição, podendo colocar em causa a subsistência da Universidade do Algarve e das demais Instituições de Ensino Superior, essencialmente as Instituições de nível regional», acusando o Governo de não ter «uma efetiva estratégia para o Ensino Superior em Portugal».
«O Reitor é bem claro: se os cortes se mantiverem, daqui a três anos 250 mil estudantes não irão estar empregados, ou seja, Portugal vai perder mão-de-obra qualificada», reforçou, hoje, Pedro Barros.
«A Associação Académica salienta o esforço por parte dos órgãos de gestão da Universidade do Algarve no sentido de realizar uma gestão mais eficaz, contudo chegamos a um patamar que não se pode gerir o que não se tem», lê-se, ainda, no comunicado.
«Solicitamos ao Ministério da Educação e Ciência que reconsidere os cortes previstos no Orçamento de Estado 2013, no âmbito da discussão na especialidade do mesmo, garantindo assim a manutenção de todas as Instituições de Ensino Superior», concluiu a AAUAlg.