O projeto “romanceiro.pt” já está associado ao portal da Associação Europeia de Humanidades Digitais. O projeto, dirigido por investigadores da Universidade do Algarve (UAlg), «ganha, assim, destaque no panorama internacional».
«A aprovação da candidatura representa o reconhecimento, por uma prestigiada instituição europeia, do esforço levado a cabo pela equipa de investigação para oferecer, diariamente, novas ferramentas e novas metodologias aos investigadores a trabalhar na área e, simultaneamente, disponibilizar ao público em geral o acesso a milhares de recursos no âmbito do Arquivo do Romanceiro Português da Tradição Oral Moderna», diz a UAlg.
É que este é um projeto dirigido pelos investigadores Pere Ferré, Mirian Tavares e Sandra Boto do Centro de Investigação em Artes e Comunicação (CIAC) da UAlg.
A iniciativa, que já em 2013 captara a atenção de instituições nacionais, como a Fundação Calouste Gulbenkian (que financiou o processo de digitalização dos núcleos documentais do Romanceiro) integra agora «a grande montra de projetos europeus na área das Humanidades Digitais».
Com a disponibilização deste arquivo em rede, o objetivo é «tornar acessível tanto ao público especialista como ao grande público um conjunto de grande valor cultural, que alberga perto de 14 mil imagens de documentos de grande relevo no âmbito da literatura patrimonial portuguesa».
Para o caso específico português, poderiam referir-se os contributos das recolhas e publicações de versões de romances realizadas por Almeida Garrett, Teófilo Braga, Leite de Vasconcellos, Consiglieri Pedroso, Alves Redol, Michel Giacometti, Maria Aliete Galhoz ou Manuel Viegas Guerreiro.
Este arquivo alimenta-se, justamente, dos trabalhos de recolha e publicação do romanceiro tradicional português que estes e muitos outros interessados na literatura de tradição oral levaram e continuam a levar a cabo no presente.
