O Governo quer «matar, por asfixia, o Programa Novas Oportunidades, comprometendo assim a capacidade competitiva do País, devido à perda de qualificação dos trabalhadores», acusou esta quinta-feira o deputado socialista Miguel Freitas.
O Deputado à Assembleia da República (AR) do PS pelo círculo eleitoral do Algarve deu o exemplo da região, «onde mais de um milhar de formandos ficaram sem resposta à continuidade de formação», revelou o PS/Algarve numa Nota de Imprensa.
As declarações de Miguel Freitas foram proferidas durante o plenário da AR de hoje e referem-se à estratégia do Governo para a promoção do emprego e competitividade da economia e das empresas.
Na sessão do Parlamento, Miguel Freitas acusou ainda ao governo de ser «metódico» ao procurar desvitalizar o Novas Oportunidades: «retira verbas do Programa, atrasa concursos e dá sinais da sua intenção nas instituições públicas, nomeadamente no Instituto de Emprego e Formação Profissional e nas Escolas de Hotelaria e Turismo», disse, considerando «revoltante» o fecho dos Centros de Novas Oportunidades no Algarve, Lisboa e Coimbra desta última entidade.
«São 1119 pessoas que ficaram sem resposta, já que o CNO encerra dentro de uma semana e ninguém sabe para onde são reencaminhadas estas pessoas», avisou. No caso do Algarve, o fecho deste centro leva a que deixe de existir «qualquer entidade com competência para o Reconhecimento e Validação de Certificações na área do turismo».
«O que se tem assistido é, dramaticamente, à destruição dos alicerces da formação profissional que se faz no País e a uma absoluta secundarização da qualificação do Capital Humano», defendeu Miguel Freitas.
