Monchique vai ter uma nova escola EB 2,3. O presidente da Câmara Rui André assinou esta quinta-feira um protocolo com o Ministério da Educação que permite à autarquia avançar para a construção de uma nova escola. O investimento previsto é de cerca de 4,2 milhões de euros e as obras podem avançar já no próximo ano.
Segundo adiantou Rui André ao Sul Informação o investimento também já foi a reunião de Câmara na terça-feira, tendo sido aprovado por unanimidade.
Apesar de a candidatura contemplar a renovação, Rui André diz que é necessário construir uma nova escola de raiz. A primeira opção será manter a atual localização, uma vez que «fica perto dos equipamentos que a autarquia já dispõe de apoio, como as piscinas municipais, o que permite que sejam utilizadas pelos alunos». No entanto, está “em cima da mesa” a alteração de local.
Mesmo que a escola não mude de sítio, não haverá, segundo o autarca, necessidade de criar instalações temporárias alternativas para receber os alunos. «Se for construído no mesmo sítio, num edifício único, os restantes blocos que não estão a ser intervencionados podem receber as turmas, porque há salas de aula vagas. Depois de estar finalizada a obra, serão demolidos».
Os problemas da atual escola são vários e motivam queixas dos alunos e dos encarregados de educação há décadas. «O modelo da escola é antigo e disfuncional, com blocos. O pavilhão desportivo nunca foi bom. O telhado está separado da estrutura e entra nevoeiro e, às vezes, já parou de chover na rua e ainda chove no pavilhão», enumera o autarca.
Apesar de o projeto de arquitetura ainda não estar feito, nem sequer encomendado, Rui André já tem uma ideia para a nova EB 2,3 de Monchique: «pode passar pela construção em bloco de um edifício, e de um pavilhão, que também será o municipal, com bancadas, para receber eventos. A ideia é que o pavilhão da escola passe a ser o principal, substituindo o que, agora, fica localizado por cima do edifício dos Bombeiros Voluntários».
Apesar de o autarca dizer que as obras podem começar já em 2016, o que faria com que a escola estivesse pronta em 2018, Rui André alerta que «até lá, ainda há muito trabalho pela frente. Vamos ouvir a comunidade educativa, e não só, para saber que escola querem, para saber quais as aspirações das pessoas. Se querem que aquela escola receba turmas do primeiro ciclo, se há a ambição de criar ensino secundário… Há um amplo debate, e depois é que vamos lançar o concurso para a elaboração do projeto», adianta.
Do total do investimento de 4,2 milhões de euros, cabe à autarquia assegurar o financiamento de 50%, sendo que, para isso, a Câmara vai contrair um empréstimo.