As propinas na Universidade do Algarve no próximo ano letivo apenas aumentam 0,5%, de acordo com o valor da inflação, e não de 965 para 1000 euros, como pretendia a Reitoria da Ualg.
A Associação Académica da Universidade do Algarve (AAUAlg) anunciou hoje, em comunicado, que o Conselho Geral daquele estabelecimento de ensino superior decidiu, na sua reunião de 11 de Maio, não aprovar a proposta apresentada pela Reitoria, que não chegou a recolher os dois terços de votos que precisava para que fosse aceite.
Assim sendo, as propinas serão atualizadas «mediante o valor de inflação de 2015, que é 0,5%, de acordo com a avaliação do Instituto Nacional de Estatística (INE)».
A AAUAlg dá o exemplo do valor de propinas no ano letivo 2016/17, para os estudantes do 1º Ciclo e Mestrado Integrado, «que subirá apenas 4,83 euros, de 965 euros para 969,83 euros».
Por isso, a Associação Académica diz «congratular-se pela tomada de posição (difícil) do Conselho Geral da UAlg, apesar dos grandes cortes orçamentais efetuados pela Tutela à Universidade do Algarve».
A AAUAlg considera que a não aprovação do aumento das propinas para 1000 euros trava, «para o próximo ano letivo, a contínua desresponsabilização do Estado sobre a educação dos cidadãos que provocaria um aumento de custos para os estudantes da UAlg e as suas famílias, bem como os que pretendem ingressar no Ensino Universitário Público no Algarve».
No seu comunicado, a Associação Académica recorda que, na sua passada Assembleia Magna, realizada a 31 de março, os estudantes aprovaram uma moção sobre as propinas, manifestando a sua posição contra o aumento de propina de 965 para 1000 euros no próximo ano letivo, proposta pela Reitoria ao Conselho Geral da Universidade do Algarve.
Entretanto, a Direção-Geral da AAUAlg encarregou-se de difundir a moção junto da Reitoria, do presidente do Conselho Geral (Luís Magalhães) e dos restantes elementos do Conselho Geral – no qual se incluem funcionários docentes e não docentes, estudantes e elementos externos. A moção apresentada foi também difundida na comunicação social a nível regional e nacional.
Na sequência dessa posição, Rodrigo Teixeira, presidente da Associação Académica, foi convidado pelo presidente do Conselho Geral da UAlg a estar presente nas reuniões deste órgão nos dias 6 de abril e 11 de maio. Aí, o dirigente dos estudantes apresentou a moção aprovada na Assembleia Magna e que espelhava a vontade dos estudantes.
Os argumentos parecem ter sido suficientes, uma vez que a proposta de aumento das propinas para 1000 euros, apresentada pela Reitoria, acabou por não ser aprovada pelo Conselho Geral.