Portugal participou, através da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) e do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), num exercício internacional de teste à capacidade de resposta a tsunami suscetível de afetar a nossa orla costeira.
O exercício, denominado NEAMWave14, que se realizou entre 28 e 30 de outubro, previa quatro cenários possíveis de ocorrência de tsunami.
Além de Portugal, participaram outros 20 países da bacia do Mediterrâneo e do Atlântico Norte: Croácia, Chipre, Egito, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Israel, Itália, Líbano, Malta, Mónaco, Marrocos, Portugal, Roménia, Rússia, Espanha, Suécia, Turquia e Reino Unido.
O objetivo do exercício visou testar a capacidade de resposta dos participantes que integram o Sistema de Alerta Precoce do Atlântico Nordeste, Mediterrâneo e mares conexos, constituído sob a égide da Comissão Oceanográfica Intergovernamental da UNESCO (IOC).
O IPMA funcionou como Centro de Alerta para o sistema nacional de proteção civil e para as autoridades dos países do Nordeste Atlântico, tendo realizado a deteção e o acompanhamento da evolução do cenário de um tsunami gerado por evento sísmico com origem localizada a sudoeste do Cabo de São Vicente.
A ANPC, que envolveu toda a sua estrutura operacional neste exercício, difundiu a informação técnico-operacional pertinente para a gestão das operações de proteção e socorro e avaliou a capacidade do sistema de aviso e alerta implementado responder a este tipo de situações de emergência, envolvendo os três escalões operacionais que concorrem para o efeito: nacional, distrital e municipal.
No final, o exercício permitiu aferir a fiabilidade das soluções implementadas pelas duas instituições em relação aos alertas de tsunami, permitindo às autoridades nacionais competentes melhorarem o seu grau de preparação para responder a este tipo de perigos.