240 quilómetros de Ecovia e de Ciclovia vão avançar nos concelhos de Sines, Odemira, Aljezur e Vila do Bispo, numa obra promovida pelo Polis Litoral Sudoeste, que custará seis milhões de euros.
Estas vias, com componente ciclável e pedonal, vão, em muitos locais «complementar a Rota Vicentina», revelou ao Sul Informação Valentina Calixto, da Sociedade Polis, durante o lançamento daquela grande rota, que inclui 340 quilómetros de trilhos pedestres desde Santiago do Cacém ao Cabo de São Vicente, divididos em dois percursos – Trilho dos Pescadores e Caminho Histórico.
Aquela responsável acrescentou que está em vias de ser adjudicado o projeto de execução da Ecovia e Ciclovia do Litoral Sudoeste, projeto que vai custar 400 mil euros.
A obra em si deverá demorar «ano e meio a ficar concluída e só deverá ser adjudicada « no fim deste ano de 2012», avançando depois «por troços», o que levará a que a totalidade dos 240 quilómetros só estejam «prontos no princípio de 2014».
A sua execução, acrescentou Valentina Calixto, será «articulada com a Rota Vicentina», até porque alguns troços serão comuns com o percurso de grande rota pedestre que foi apresentada no passado dia 11 de maio em Cercal do Alentejo.
Em termos de financiamento, o projeto da Ecovia e Ciclovia do Litoral Sudoeste foi candidatado aos Programas Operacionais regionais – InAlentejo e PO Algarve 21 -, sendo que a componente financeira nacional compete ao próprio Polis, e está, segundo Valentina Calixto, «assegurada através do capital das sociedades Polis, já realizado».
Esta responsável salientou ainda, em declarações ao Sul Informação, que a promoção deste tipo de projetos tem a ver com «uma intervenção estratégica para gerar visitação» no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, sobre o qual incidem as acções do Polis Litoral Sudoeste. «Este tipo de projetos mexe com a pequena economia, proporciona visitação da área protegida, sendo útil para desenvolver o turismo de natureza e o turismo científico».
Valentina Calixto acrescentou que a Ecovia – para ser percorrida de bicicleta – associada à Rota Vicentina – para ser percorrida sobretudo a pé -, «destina-se a ligar o turismo à pequena aldeia, a revitalizar a economia local, e a envolver as populações».
O projeto prevê a elaboração de um «estudo que defina o traçado da ecovia, os pavimentos a utilizar, a tipologia e localização dos pontos de apoio e mobiliário, a adaptação de caminhos rurais existentes a pistas cicláveis, a colocação de sinalização territorial e informativa (turística e ambiental), a criação de zonas de descanso e de contemplação paisagística, e ainda a requalificação paisagística das envolventes à ecovia, promovendo ações de limpeza e de eliminação de espécies infestantes, bem como a plantação de vegetação autóctone».