Os pais dos alunos do agrupamento de escolas José Carlos da Maia, em Olhão, estão preocupados com o atraso no começo das Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC) e «têm toda a razão», segundo o vice-presidente da Câmara de Olhão . António Pina diz que também a autarquia quer saber porque razão ainda não foi autorizada a contratar os professores necessários para assegurar estas aulas.
Segundo o que António Pina revelou ao Sul Informação, «já há dois meses e meio que enviámos o pedido de autorização para contratar os professores para o Ministério das Finanças», sem obter qualquer resposta.
«Logo no final de agosto fizemos os concursos, em conjunto com as escolas. Já se sabe quem ficou em que lugar na lista», assegurou.
«A última informação que tenho é que o processo passou da secretária do Ministério das Finanças e seguiu para o Ministério da Administração pública. Ou seja, o processo anda de secretária em secretária», lamentou.
Num comunicado enviado às redações na passada semana, a Associação de Pais e Encarregados de Educação deste agrupamento afirmou a sua «preocupação e descontentamento por ainda não estarem a funcionar as atividades de enriquecimento curricular».
«O ano letivo teve início a 15 de Setembro e sem as AEC, o atual horário de funcionamento das escolas é completamente incompatível com os horários de trabalho da maioria dos pais e encarregados de educação, situação que vem causando enorme transtorno às famílias», ilustram os pais destes alunos do 1º ciclo de Olhão.
«No Algarve, somente o concelho de Olhão não tem as AEC a funcionar pois continua a aguardar autorização do governo para contratar os professores», lembrou a associação de pais.
«A associação de pais aponta que em Faro já começaram e eu só vejo uma explicação para isso: é a cor do papel. Faro se calhar tem papel cor de laranja e nós não temos papel dessa cor», ironizou António Pina.
A imposição da autorização do Governo para contratação de professores de AEC é nova, já que antes «os concursos de contratação de professores estavam excecionados a esta obrigatoriedade».
