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Fam trip Faro_71Não é todos os dias que se vê três vereadores, um deles vice presidente de Câmara, um chefe de gabinete, um presidente de um organismo público regional e muitos jornalistas de avental e colher de pau na mão, a cozinhar. Mas foi isso mesmo que aconteceu esta semana, durante a fam trip, a visita de familiarização para jornalistas, bloguers e agentes de turismo, que a Região de Turismo do Algarve, com a colaboração da Câmara Municipal de Faro, promoveu rumo aos tesouros desconhecidos da capital algarvia.

O workshop de gastronomia algarvia, que levou (quase) todos a pôr mãos à obra, teve lugar pouco antes da hora do almoço, na Tertúlia Algarvia, em plena Vila-Adentro, a zona histórica de Faro. Mas não nos adiantemos.

A iniciativa «Redescobrir os Segredos do Algarve» destina-se a «aproximar os profissionais de turismo algarvios do destino de férias que tanto ajudam a comercializar ao longo do ano. O contacto direto com a oferta turística, em especial com aquela que eles ainda não viram, é fundamental para o momento de venda de experiências alternativas ao turista», realçou Desidério Silva, presidente da RTA. E também aos jornalistas e bloguers que escrevem sobre turismo são dados a conhecer aspetos até agora pouco divulgados.

Faro foi durante muitos anos conhecida apenas como a capital do Algarve, centro de serviços e sede de entidades públicas, por excelência. Era também o local onde se chegava, de avião, mas que pouca gente conhecia ou visitava. Mas, como salientou o vice-presidente Paulo Santos, que acompanhou a fam trip, «esse ciclo de crescimento dos serviços já não tem muito por onde continuar». E Faro, a cidade e o concelho, têm muitos segredos escondidos, para mostrar aos turistas. A começar pelo seu rico património histórico e cultural, continuando pela gastronomia e pela natureza, com a Ria Formosa como ponto fulcral.

 

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Foi tudo isso – e muito mais! – que foi dado a conhecer, ao longo de um dia intenso. A partida do grupo de jornalistas, bloguers e agentes de turismo foi dada logo de manhã no novo Posto de Turismo de Faro, com a visita ao Centro Interpretativo do Arco da Vila, guiada por Jorge Manhita, do Museu Municipal.

Subir ao pequeno terraço do Arco da Vila, uma das antigas portas das muralhas que cercavam a Vila-Adentro, permite ter um primeiro vislumbre das ruas e telhadas das zonas mais antigas de cidade. E, no caso do presidente da Câmara Rogério Bacalhau, até lhe valeu ser bombardeado por uma cegonha descontente, que quis deixar a sua marca branca e mal cheirosa no fato escuro do autarca… Mas as cegonhas são já quase um ex-libris desta zona da cidade (aliás, já fizeram parte do logotipo de Faro), pelo que ataques destes até são…típicos.

O edil Rogério Bacalhau, que fez questão de dar as boas vindas ao grupo, salientou o muito que Faro já fez para valorizar o seu património – partindo precisamente do Centro Interpretativo do Arco da Vila, inaugurado no ano passado – mas salientou: «ainda há muito a fazer, nomeadamente ter os equipamentos culturais abertos todos os dias».

Dali, o grupo seguiu pelas ruas até ao Museu Municipal de Faro, situado no antigo Convento de Nossa Senhora da Assunção, onde as atenções se voltaram para o mosaico do Deus Oceano, recentemente instalado numa sala própria e a merecer uma visita.

Foi depois a vez de subir os cerca de 70 degraus da Torre Sineira da Sé Catedral, um esforço que vale a pena pelas vistas que se tem da Ria Formosa e da cidade.

 

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Em seguida, rumou-se ao único hotel de cinco estrelas do concelho (para já), a Pousada do Palácio de Estoi, no interior do concelho. Trata-se, como salientou a arquiteta Patrícia Malobbia, de «um dos melhores exemplares da arquitetura civil do século XVIII em Portugal». Em 2009, após obras cuidadas de restauro e do acrescento de um corpo com 63 quartos, num projeto da autoria do arquiteto Gonçalo Byrne, o palácio abriu as suas portas como hotel de charme.

Numa das varandas do palácio, depois de visitar os belos salões que foram restaurados e preservados e agora acolhem as áreas comuns para os hóspedes, foi servido um coffee break, com os chás e compotas e outras delícias da empresa «Céu-da-Boca», que tem uma banca no Mercado Municipal de Faro.

«Faro tem sol e praia, mas também tem património e, sobretudo, natureza!», diria Henrique Gomes, chefe de gabinete do presidente da Câmara. E foi para mostrar essa natureza que o grupo voltou a entrar no autocarro e se dirigiu ao recém qualificado passeio ribeirinho da Quinta do Ludo, para um revigorante – e curto! – passeio a pé.

Pouco antes do almoço, foi então a vez de voltar à Vila-Adentro, para, no restaurante Tertúlia Algarvia, participar num workshop de cataplana. Os convidados meteram mãos à obra e confecionaram a sua própria refeição, sob o olhar atento e com os conselhos dos dois chefs de serviço. Os dois jornalistas espanhóis que acompanhavam a fam trip estavam fascinados com a experiência, que qualquer turista pode ter, para mais agora que está em preparação um pacote de experiências que inclua esta.

Depois do almoço de cataplana de corvina e bivalves (amêijoas, lagueirão, berbigão e mexilhão), bem regado com vinhos algarvios (obviamente!), seguiu-se um curto passeio a pé pelas ruelas do centro histórico de Faro, até às Portas do Mar, onde o grupo embarcou rumo à ilha Deserta. Pelo caminho, um guia de natureza explicava as maravilhas da ria e da sua fauna, em especial as aves.

 

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Na Deserta, depois de um tranquilo passeio de barco pelos esteios da ria, o restaurante Estaminé esperava para dar a provar as ostras acabadas de apanhar, ao natural e abertas ali à frente de todos, acompanhadas por vinho branco algarvio (Odelouca e Alvor), bem fresco.

Com o tempo a fugir, antes de embarcar de novo rumo a Faro, houve ainda ocasião para a foto de grupo, agora com dois novos elementos – um casal de jovens finlandeses que tinha ido passear até à Deserta.

«Faro está a deixar de ser conhecida apenas como a capital do Algarve, o centro de serviços. Temos um património rico, uma Vila-Adentro mais cuidada, uma ria com um grande potencial para o turismo de natureza, um interior com muito para oferecer, como se vê em Estoi ou em Santa Bárbara, temos praia e temos sol. E temos cada vez mais empresas a tirar partido de tudo isto, não só ao nível da animação, como da hotelaria e da restauração. Por isso, convidamos os algarvios, os portugueses e todos os outros a virem visitar-nos, para conhecer estes nossos segredos!», resumiu Paulo Santos, vice-presidente da Câmara, numa declaração final ao Sul Informação.

 

Veja aqui as imagens da fam trip no concelho de Faro:
(Fotos: Elisabete Rodrigues|Sul Informação)

 

Informações úteis:

Centro Interpretativo do Arco da Vila: aberto todos os dias, de domingo a domingo, no horário do Posto de Turismo de Faro, a partir do qual se faz a visita. Entrada gratuita (para já, por isso, aproveite!).

Museu Municipal de Faro: Inverno: (1 de outubro a 31 de maio), terça a sexta-feira das 10h00 às 18h00; sábado e domingo das 10h30 às 17h00. Entrada gratuita ao domingo para todos os visitantes até às 14h30. Verão: (1 de junho a 30 setembro) terça a sexta-feira das 10h00 às 19h00; sábado e domingo das 11h30 às 18h00. Entrada gratuita ao domingo para todos os visitantes até às 15h30. Encerra à segunda-feira

Torre sineira, claustro, jardim e capela dos ossos e interior da Sé de Faro: Horário de Inverno – segunda a sexta-feira, das 10h00 às 17h30 e sábado, das 9h30 às 13h00; Horário de Verão – segunda a sexta-feira, das 10h00 às 18h30 e sábado, das 9h30 às 13h00; Não são permitidas visitas à Sé durante as missas ou outras cerimónias religiosas. Entrada: 3 euros (ou 1,50 euros para pensionistas, estudantes e grupos). Entrada gratuita para naturais e residentes em Faro, menores de 15 anos acompanhados, pessoas necessitadas de acompanhante.

Pousada do Palácio de Estoi: clique aqui para toda a informação

Tertúlia Algarvia: clique aqui para toda a informação

Restaurante Estaminé, Ilha Deserta e passeios de barco até lá: clique aqui para toda a informação

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