O motorista que ontem conduzia o autocarro que se despistou e capotou na Via do Infante, acidente do qual resultaram três mortos e 32 feridos, «entrou na empresa em 1990, tem 53 anos, vasta experiência neste tipo de serviços e não tem registo de acidentes ao longo da sua carreira», garantiu Carlos Osório Gomes, administrador da EVA, empresa proprietária da Frota Azul Algarve.
Este responsável pela empresa transportadora que, na altura do acidente, estava ao serviço da TUI Holanda, falava aos jornalistas após uma reunião de trabalho, seguida de conferência de imprensa, que hoje, ao fim da tarde, teve lugar na Câmara de Albufeira, para fazer um ponto de situação.
Osório Gomes disse não querer ainda «alongar-se» a respeito das possíveis causas para o acidente, «porque não quero estar a tirar conclusões». «Temos de ser cautelosos no apuramento das causas do acidente», frisou.
O administrador da EVA anunciou que, além da investigação oficial que está já a decorrer por parte das autoridades policiais, também a empresa fará o seu próprio inquérito. «Nós, pela nossa parte, faremos também uma investigação e estaremos completamente disponíveis para colaborar naquilo que for possível para encontrar as causas do acidente».
Quanto ao destino do motorista, que tinha ficado ferido sem gravidade e esta tarde já teve alta do Hospital de Faro, o seu regresso ao trabalho «depende do estado psicológico em que ele se encontra», disse Osório Gomes.
«Ainda não sabemos bem como ele está, já que ele esteve no hospital e só há pouco tempo saiu», acrescentou.
E quando poderá regressar ao serviço? O administrador da EVA revelou que isso ocorrerá oportunamente: «vamos sujeitá-lo a uma avaliação do médico da empresa para ver se está em condições para regressar ao trabalho», logo que seja considerado adequado.
