Até ao Verão, vão ser instalados 26 ecrãs interativos TOMI (Total Outdoor Media Interactive) e oito painéis publicitários gigantes LED em diferentes cidades do Algarve, numa iniciativa conjunta da ACRAL – Associação de Comércio e Serviços da Região do Algarve e dos municípios que acolherão os equipamentos.
A associação empresarial vai (finalmente) concluir, nos próximos meses, um projeto que tem um custo global de cerca de 3 milhões de euros e que foi muito questionado, no passado, incluindo pelo novo presidente da ACRAL Álvaro Viegas, que tomou posse esta terça-feira.
Mas, como explicou o novo responsável pela associação, o projeto «tinha mesmo de avançar» e rapidamente, o que leva a que o seu primeiro ato oficial, enquanto presidente da direção, seja a assinatura de um protocolo com a Câmara de Portimão, para a instalação de equipamento eletrónico naquele concelho.
A cerimónia de assinatura deste acordo está agendada para as 18h30 de hoje, quarta-feira, nos Paços do Concelho de Portimão. E será a primeira de várias, com diferentes autarquias, que visam ter o projeto concluído até «à entrada do Verão», segundo revelou Álvaro Viegas ao Sul Informação.
Para já, serão instalados no concelho de Portimão, «até final do mês, sete TOMI, que são, digamos assim, “iphones” de rua, e seis painéis LED de publicidade».
«Este projeto já vem do tempo da direção de João Rosado. Nos últimos três anos [em que Victor Guerreiro foi presidente da direção], esteve quase parado. Agora, tem mesmo de avançar, porque há prazos a cumprir e compromissos com entidades, nomeadamente o IAPMEI e a CCDR do Algarve», explicou Álvaro Viegas.
A instalação do equipamento até começou a ser feita, já que existem, neste momento, três ecrãs Tomi da ACRAL em diferentes localidades da região, nomeadamente Faro, Vila Real de Santo António e Monte Gordo, todos eles geridos pela empresa Canal Algarve, que fez a candidatura e da qual a associação detém a maioria. Mas não passou daí e o projeto acabou por ficar em stand by durante alguns anos.
A ACRAL atravessou um período difícil, a nível financeiro, nos últimos três anos, já que, assegurou o novo presidente da direção, «a direção liderada por João Rosado deixou um passivo de 1,5 milhões de euros». «Nos últimos três anos, a anterior direção conseguiu reduzir este valor para metade, cerca de 700 mil euros. E temos já acordo para que o pagamento seja feito em 15 anos, pelo que considero que, neste aspeto, a situação esteja estabilizada», revelou Álvaro Viegas.
Uma realidade que permite à ACRAL pensar em projetos para o futuro, no qual se inclui o dos equipamentos eletrónicos para divulgação institucional e publicidade.
Ao estudar a situação da ACRAL, ainda antes de ser eleito presidente, Álvaro Viegas deu conta da urgência em levar este projeto a bom porto. «Já beneficiámos de diversas prorrogações do prazo para conclusão do projeto. Agora, está a decorrer a extensão final, pelo que não há volta a dar, temos mesmo de o implementar», disse.
Mais do que colocar o projeto no terreno, é fulcral começar a rentabilizá-lo, já que os fundos que a associação empresarial algarvia recebeu, para o levar para a frente, são reembolsáveis. Ou seja, terão de ser devolvidos à União Europeia, ainda que com condições muito vantajosas, ao nível dos prazos e das taxas.
A rapidez também assume grande importância, pois há um prémio para as entidades cumpridoras, que passa pela conversão de parte da verba atribuída, para financiar o projeto, para fundo perdido. Os “bons alunos” beneficiam de um perdão de 35 por cento da dívida, algo que a ACRAL ainda ambiciona conseguir.
Além de poderem ser um «importante instrumento de financiamento da ACRAL», os TOMI e painéis LED são também «um forma de projetar a informação que queremos veicular ao turista».