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Uma central de aproveitamento solar fotovoltaico, instalada no interior do recinto da Estação de Tratamento de Águas Residuais de Almargem, do sistema multimunicipal de saneamento gerido pela Águas do Algarve, foi colocada a exploração no final o mês de outubro. Um investimento que se junta a outros, feitos pela empresa pública, no sentido de poupar o ambiente e na fatura energética.

Esta nova central de geração de energia renovável resulta de uma parceira entre a Águas do Algarve, a Águas de Portugal Energias e a GALP Soluções de Energia. A produção anual prevista é de 240 MWh e, estima a Águas do Algarve, poupar-se-á a emissão de 112 toneladas de CO2. As contas da empresa também ganham, já que esta central beneficia «do regime remuneratório da minigeração».

«A energia elétrica produzida representa cerca de 24 % da energia elétrica consumida nas instalações de utilização de energia da ETAR de Almargem e, a receita representará cerca de 33 por cento dos encargos totais nesta rúbrica», anunciou a empresa algarvia.

«Apostando na diversificação dos aproveitamentos destes recursos endógenos, quer da região, quer dos ativos que integram a concessão da empresa, foi instalado ainda um projeto-piloto de uma central micro-hídrica, na ETA de Beliche, consumindo-se na instalação toda a energia elétrica produzida», acrescentou a Águas do Algarve.

A empresa tem vindo a investir no aproveitamento de energias alternativas para a produção de energia elétrica, integradas nos sistemas multimunicipais de abastecimento de água e de saneamento do Algarve.

Nos últimos anos, foram instalados «55 sistemas de Microprodução Fotovoltaicos, em instalações várias por toda a região algarvia – com uma potência unitária de 3.68 kW – dois sistemas de Miniprodução Fotovoltaicos em parceria com a Águas de Portugal Energias, na ETAR de Boavista e ETAR de Olhão Nascente – com uma potência unitária de 93 kW – e uma Central de aproveitamento de Biogás de 50kW, na ETAR de Lagos».

No seu conjunto, estas instalações, q«ue integram o ativo da empresa, produzem anualmente um volume de energia elétrica na ordem dos 1.1 GWh, evitando, quer a emissão de aproximadamente 530 toneladas de CO2, para efeito da contabilização da intensidade carbónica por emissão de gases com efeito de estufa, quer o consumo de 248 tep (tonelada equivalente petróleo), considerando o rendimento elétrico médio das centrais termoelétricas que usam combustíveis fósseis».

Ao mesmo tempo, têm sido aproveitados «os regimes remuneratórios bonificados disponibilizados pelo Governo que mitigam o risco intrínseco ao retorno do investimento, fixando as tarifas remuneratórias num período pré-determinado, injetando a totalidade da energia elétrica produzida na Rede Elétrica de Serviço Público».

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