Albufeira é o concelho com maior número de praias com qualidade de ouro (com 18 zonas balneares), seguido de Almada e Vila Nova de Gaia (15), Vila do Bispo (12), Torres Vedras (11) e Grândola (10), anunciou hoje a Quercus.
O Algarve é também a região do país com maior número de praias “de ouro”: 74.
Num total de 526 zonas balneares em todo o país, a associação ambientalista distingue este ano 290, mais quatro do que em 2011. Apesar disso, aumentou o número de praias com qualidade “má” (seis, mais cinco do que em 2011) e diminuiu o das zonas balneares com qualidade “excelente”.
O concelho com maior número de praias interiores com qualidade de ouro é Pampilhosa da Serra, com duas praias.
No Algarve, as 74 praias com qualidade de ouro distribuem-se por Albufeira (18), Aljezur (9), Castro Marim (2), Faro (3), Lagoa (4), Lagos (4), Loulé (5), Olhão (3), Portimão (3), Silves (3), Tavira (4), Vila do Bispo (12) e Vila Real de Santo António (4).
No litoral alentejano, o recordista é o concelho de Grândola, com 10 praias, seguido de Odemira (6) e Sines (3).
No início do principal período de época balnear, que tem lugar esta sexta-feira, 1 de junho, e tal como todos os anos tem sido efetuado, a Quercus faz um balanço e perspetiva da qualidade das águas balneares em Portugal, com base na informação pública oficial, disponibilizada pelo Instituto da Água através do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH).
A Quercus sublinha que «em relação à época balnear anterior, houve um decréscimo significativo de praias com qualidade excelente, passando-se de 95% para 85% no caso das praias costeiras ou de transição, e de 75% para 54% no que respeita às águas interiores».
A associação considera que «continua a existir alguma vulnerabilidade à poluição, em especial nas águas interiores, nomeadamente no que diz respeito às falhas no saneamento básico e aos problemas de gestão da bacia hidrográfica, os quais estarão na origem das análises más, sendo que em muitos dos casos continua a não ser possível identificar uma causa evidente».
Quais os critérios?
No início de todas as épocas balneares, a Quercus atribui a classificação de «praias com qualidade de ouro» às zonas balneares do país cuja água apresenta os melhores resultados em termos de qualidade.
Para receber a classificação de praia com qualidade de ouro, uma zona balnear tem de respeitar os seguintes critérios:
– Qualidade da água boa nas três épocas balneares entre os anos de 2007 e 2009 (“boa” era, até 2019, a melhor qualidade possível de acordo com a anterior legislação europeia);
– Qualidade da água excelente nas duas últimas épocas balneares de 2010 e 2011;
– Todas as análises realizadas na última época balnear (de 2011) foram excelentes.
Esta avaliação efetuada pela Quercus é mais limitada em comparação com a atribuição da Bandeira Azul, ao basear-se apenas na qualidade da água das praias, apesar de ser mais exigente neste aspeto em específico.
A classificação geral das praias em termos de qualidade da água é disponibilizada pelo Instituto da Água ao abrigo da legislação nacional e comunitária (dados consultáveis através do sítio snirh.pt).
O objetivo da Quercus é «realçar as praias que ao longo de vários anos (cinco, neste caso), apresentam sistematicamente boa qualidade ou qualidade excelente (tendo em conta a classificação da legislação em vigor), e que, nesse sentido, oferecem uma maior fiabilidade no que respeita à qualidade da água».
Ficam de fora desta lista as zonas balneares com menos de cinco anos e aquelas que só mais recentemente viram resolvidos os seus problemas de poluição ou onde se tenha verificado na última época balnear uma qualquer análise de qualidade inferior a excelente.
Conheça aqui a lista completa das praias com Qualidade de Ouro: