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Cheias Albufeira (4)Albufeira quer ter um novo plano hidrológico pronto em 2020 para evitar que situações de cheia, como a que se passou no passado dia 1 de novembro, se repitam. O presidente da Câmara albufeirense Carlos Silva e Sousa revelou ontem, durante a visita da Comissão Parlamentar do Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local, que já está a ser desencadeado o processo de estudos, para realizar as obras necessárias num período de cinco anos, mas alertou que «este vai ser um sacrifício patrimonial severo para as finanças do município».

O autarca admitiu que «o problema aconteceu por termos construção em cima do leito da ribeira» e disse que Albufeira «está numa zona de risco de cheia, que os relatórios dizem, que com as alterações climáticas, elas podem acontecer – ainda que com menor gravidade – de cinco em cinco anos».

Este é um cenário que leva o Carlos Silva e Sousa a querer meter “mãos à obra”. «É sobre esse panorama que temos de trabalhar. Já está a ser desencadeado o processo para avançar com estudos, para que se passe à fase de projeto e logo depois para a fase de obra. Diria que o plano hidrológico completo pode estar concluído em 2020. Assim queiram os albufeirenses, porque vai ser um sacrifício patrimonial severo para o município».

Vista deputados cheias albufeira (23)
Carlos Silva e Sousa e Pedro Soares

Para ajudar a realizar esta obra dispendiosa para a Câmara, «temos de começar por classificar o Município como zona de risco de cheia, para termos acesso a fundos, para realizar as obras necessárias».

O autarca realça que «estas vão ser infraestruturas estruturantes para o futuro. É uma obra para o século».

Apesar de ainda ser «cedo», Carlos Silva e Sousa diz que «em termos de ideia, já com algum suporte técnico, poderá ser criado um novo túnel para desviar as águas da baixa de Albufeira».

Para o autarca será necessário «desviar as águas pluviais, as águas que vêm da ribeira de Albufeira, sendo que há ainda o problema das marés nesta baixa. Por isso, o trabalho tem que ser feito fora desta zona [baixa] para que fique apenas com a água que cai aqui. Vamos ver se tudo está concluído em 2020».

Pedro Soares, presidente da Comissão Parlamentar do Ambiente Ordenamento do Território e Poder Local, também realçou a importância «de tomar medidas para que estas situações não se repitam».

Para o deputado, «a situação de 1 de novembro foi muito grave e prende-se com situações que são estruturais e têm de ser resolvidas de forma estrutural. Não são soluções para o imediato, mas para o futuro e é isso que a população reclama para que este quadro dramático não se repita».

O presidente da comissão que visitou ontem Albufeira, juntamente com os deputados eleitos pelo Algarve, diz que «é preciso que os PDMs prevejam estas situações e que façam com que as intervenções urbanísticas tenham em conta as situações de drenagem de água, que evitem que os leitos de cheia sejam ocupados, que sejam limpos os caneiros. Este conjunto de medidas, que às vezes só nos lembramos depois, é preciso que seja tomado a montante e pensamos que esta visita e a intervenção dos deputados pode contribuir para que isso aconteça», considerou.

 

 

 

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