A empresa Algar e a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve assinaram um protocolo para a «Implantação de uma parcela experimental de citrinos em Modo de Produção Biológica (MPB)/ Modo de Produção Convencional (MPC)».
O projeto, com duração de 12 anos, visa «fomentar a prática de agricultura biológica, sensibilizar e educar a população para o respeito e defesa do ambiente, potenciando a utilização de composto».
Na prática, as entidades vão «comparar os modos de produção referidos em condições edafoclimáticas semelhantes, tentando assim demonstrar a viabilidade técnico-económica e a qualidade do cultivo biológico de citrinos, segundo as práticas culturais autorizadas, bem como outros aspetos importantes, como os fitossanitários».
«Os citrinos são uma das culturas com maior relevância na região do Algarve, não só em termos de área mas também ao nível da socio economia regional. A agricultura biológica é um modo de produção cujas mais-valias deverão ser estudadas e avaliadas. É fundamental a cooperação entre entidades regionais, no sentido de obter resultados que impulsionem o desenvolvimento da região», defendeu a empresa algarvia.
No terreno, serão feitos dois ensaios distintos, um com laranja Lane Late, para comparação de métodos de produção, e outro de tangerina Ortanique, para teste comparativo entre dois compostos produzidos por esta empresa.
No primeiro caso, serão criadas duas parcelas, uma em modo de produção biológico e outra em modo de produção convencional e utilizado, em ambas, o composto «Nutriverde», produzido na ALGAR com resíduos verdes, «nas linhas, em faixas de 2 metros de largura». «O Nutriverde funcionará como fertilizante e cobertura de solo para evitar o aparecimento de infestantes», explica.
No ensaio com tangerina, será comparada «a aplicação de Nutriverde versus Nutriverde Decor no que concerne a fertilidade e a cobertura do solo».