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Três aldeias do Algarve, 12 receitas típicas e um toque dado por um chefe profissional. Esta é uma forma simples de descrever o projeto Algarteca, cujo objetivo foi preservar algum do património gastronómico da região e tentar levá-lo ao maior número de pessoas possível.

A empresa Tertúlia Algarvia, que coordenou o projeto, apresentou esta terça-feira o CD com os vídeos das primeiras doze receitas e com três filmes sobre as aldeias que as inspiraram, Estoi, Querença e Cachopo, já disponíveis online. Mas estão já caminho outras 12 receitas, que serão recolhidas nas localidades de Paderne, São Bartolomeu de Messines e São Brás de Alportel.

Uma ideia que surgiu, segundo João Amaro, da Tertúlia Algarvia, da escassez de receitas típicas algarvias registadas, nomeadamente em formato vídeo e disponíveis na Internet. «Considerámos que este projeto era importante porque o Algarve tem um património gastronómico muito valioso, que achámos que não estava devidamente inventariado», explicou.

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve deu início a este trabalho, com projetos nas aldeias típicas da região, e foi feito o registo em livro de algumas receitas tradicionais. A Tertúlia Algarvia inspirou-se neste trabalho e transportou a ideia para «um suporte mais atual e acessível a todos, a Internet».

«Antes de lançarmos este projeto, fizemos uma pesquisa e havia 12 ou 13 receitas de pratos típicos algarvios na Internet. Com estas 12 já são 25», estando desde esta semana garantida a produção de mais 12 vídeos para engrossar estes números.

 

Tradição e simplicidade, com um toque gourmet

As receitas são de todos nós, pertencem ao património cultural algarvio, mas as sugestões e conteúdos disponíveis no site da Algarteca foram potenciados por especialistas na matéria. Os chefes de cozinha da Tertúlia Algarvia inovaram sobre estas receitas típicas e, apesar de lhe terem dado um toque moderno, procuraram preservar a sua essência ao nível de ingredientes base e paladar.

Nos vídeos do projeto Algarteca, a imagem e voz é do chef Luís Parreira, que entretanto aceitou rumar aos Estados Unidos para prosseguir a sua carreira. Mas o projeto manteve-se bem vivo, com a chef Alexandra Caetano a assumir as suas rédeas.

«Peguei no projeto após a filmagem do primeiro grupo de filmagens. Mas não foi difícil. São receitas que todos nós conhecemos, conhecidas dos algarvios. São pratos a que queremos dar destaque, dar a conhecer. Nesta primeira fase selecionámos algumas, mas o projeto vai continuar e vamos apresentar mais receitas de aldeias do interior», dise a chefe de cozinha algarvia.

Segundo Alexandra Caetano, o que a Tertúlia Algarvia procurou foi «pegar nas receitas originais, mantendo a mesma confeção». «Introduzimos alguns elementos novos, com alguns cuidados nutricionais, nomeadamente a presença de legumes, que antigamente não era muito frequente e com um toque um pouco mais gourmet. Mas sempre sem desvirtuar a receita original», explicou.

Os responsáveis pelo projeto também quiseram manter as coisas «simples», para que o maior número de pessoas as possa reproduzir. «É fácil, são receitas simples. Tentámos não inventar muito», assegurou.

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